
As primeiras elei��es gerais e livres em Angola para a escolha de parlamentares, desde o fim da guerra civil no pa�s em 2002, ocorrem hoje (31) sob clima de normalidade, segundo as autoridades do pa�s. Cerca de 10 milh�es de eleitores v�o �s urnas para a escolha de 220 deputados. A elei��o do presidente da Rep�blica angolano � indireta e quem vota s�o os parlamentares. Policiais e militares foram colocados de plant�o nas principais cidades do pa�s no esfor�o de garantir a seguran�a e a ordem.
No poder h� mais de tr�s d�cadas, o atual presidente Jos� Eduardo dos Santos � o n�mero 1 da lista de seu partido, o Movimento Popular de Liberta��o de Angola (MPLA), na tentativa de obter mais um mandato. Para especialistas, a sigla deve ficar com a maioria das cadeiras no Parlamento, o que garantir� a Santos mais um mandato de cinco anos.
Por�m, a secret�ria-geral do n�cleo feminino da coliga��o Nova Democracia - Uni�o Eleitoral (ND-EU), Cesinanda Xavier, destacou hoje que a vota��o � “hist�rica para a popula��o angolana, pois permite a reafirma��o da democracia”.
Em Angola, o voto � em lista fechada. O eleitor vota no partido, que apresenta previamente uma lista com os nomes de seus candidatos e a ordem em que eles entram no Parlamento. Se um partido tem 20% dos votos, por exemplo, tem direito a 44 vagas estar�o eleitos, ent�o, os 44 primeiros nomes daquele partido – e assim, sucessivamente, at� que as vagas estejam todas preenchidas.
Desde que a guerra acabou, Angola tem enriquecido visivelmente. O padr�o de vida da popula��o e o acesso a bens de consumo aumentaram. Em 2011, a economia angolana cresceu 11%, principalmente em fun��o das exporta��es de petr�leo e min�rio.
A maior empregadora do pa�s � a construtora brasileira Odebrecht, com cerca de 19 mil funcion�rios. H� tamb�m empresas brasileiras, de ramos diversificados, como a Petrobras e a mineradora Vale, que t�m participa��o expressiva na produ��o de riquezas em territ�rio angolano.
Os indicadores sociais em Angola, no entanto, ainda registram n�meros alarmantes, como uma baixa expectativa de vida da popula��o (42,9 anos) e um elevado percentual de analfabetos (37%). A camada da popula��o considerada pobre ainda � elevada.