A Angola come�ou neste s�bado a contabilizar os votos da sua segunda elei��o presidencial desde o fim da guerra civil. Segundo pesquisas, o presidente Jos� Eduardo dos Santos deve ser reeleito, apesar das demandas da camada mais pobre da popula��o por melhores condi��es de vida, com a distribui��o dos lucros obtidos com a explora��o de petr�leo.
A Comiss�o Eleitoral Nacional disse que os resultados iniciais devem ser anunciados ainda neste s�bado, mas eleitores desesperados por informa��es sobre a elei��o encheram as bancas de jornais em busca de um exemplar do peri�dico oficial Jornal de Angola. Na sexta-feira, dia da elei��o, foi declarado feriado nacional.
A emissora estatal de televis�o veiculou imagens de pessoas votando em mais de 10 mil escolas, que ficaram fechadas por um m�s para poderem se preparar para a elei��o. "A vota��o ocorreu de maneira ordenada em todo o territ�rio nacional", dizia a manchete do Jornal de Angola. Quase 9,7 milh�es de eleitores estavam aptos a votar, mas a participa��o na elei��o n�o � obrigat�ria. Nas elei��es de 2008, cerca de 87% dos eleitores participaram.
A apura��o come�ou pouco ap�s o fim da vota��o, mas o processo deve levar v�rios dias, pois muitas urnas precisam ser transportadas de regi�es remotas do pa�s. O presidente Santos, do Movimento Popular de Liberta��o da Angola (MPLA), est� no poder h� 33 anos e, se sair vitorioso, ter� outro mandato de cinco anos.
O MPLA tem atualmente 191 das 220 cadeiras do Parlamento, que tamb�m ser� renovado nesta elei��o. Pesquisas apontam que o principal partido de oposi��o, o Unita, pode crescer um pouco este ano, conquistando o voto de eleitores que reclamam da falta de democracia e da desigualdade social.
Pouco depois da independ�ncia da Angola, em 1975, teve in�cio uma guerra civil, que durou at� 2002 e terminou com a morte, em combate, do l�der hist�rico do Unita, Jonas Savimbi. Desde ent�o o movimento abandonou as armas e aderiu ao processo pol�tico, mas reclama de fraudes nas elei��es.