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Estado de Minas

Obama aposta em fazer com que republicanos percam por frustrar a esperan�a


postado em 02/09/2012 13:19

O presidente Barack Obama olhar� os americanos nos olhos esta semana para dizer que merece mais quatro anos na Casa Branca, apesar dos problemas econ�micos e da decep��o de alguns que votaram nele em 2008. Com seu cargo em jogo, o mandat�rio usar� a Conven��o Nacional democrata, que come�a na ter�a-feira, para enfrentar as cr�ticas republicanas de que sua elei��o foi hist�rica e devidamente celebrada, mas que sua administra��o fracassou.

O primeiro presidente afro-americano insistir� que aqueles que o elegeram h� quatro anos n�o desperdi�aram seu voto, apesar do que disse seu advers�rio republicano Mitt Romney. "Aqueles que se op�em � mudan�a sempre apostam nas d�vidas" que afloram ao final do mandato, disse Obama diante de uma multid�o de jovens, no estado da Virg�nia na semana passada, em um evento que pode ter sido uma mostra do tom que dar� � conven��o.

"Eles sempre apostam na falta de esperan�a e, ao longo da hist�ria americana, perderam essa aposta", afirmou. Obama admitiu, entretanto, que acredita que, apesar de sua reputa��o de bom orador, n�o transmitiu adequadamente aos eleitores as conquistas obtidas durante um mandato acossado pela crise econ�mica. Os republicanos perguntam simplesmente: "O que conseguimos?".

Como consequ�ncia, o discurso que pronunciar� no grande momento de quinta-feira, em Charlotte (Carolina do Norte, sudeste), ser� uma oportunidade de ouro para adequar sua mensagem pol�tica a dois meses de uma elei��o que se anuncia muito incerta.

O principal desafio ser� refutar a ret�rica anti-Obama de Romney e de seu companheiro de chapa, Paul Ryan, lan�ada na semana passada na Fl�rida. O presidente "precisa neutralizar a mensagem que Romney e Ryan mandaram aos eleitores de que nada foi feito, de que o tempo chegou ao fim e de que Obama decepcionou os americanos", disse Michael Kramer, professor especializado em comunica��o presidencial da Universidade St Mary's College (Indiana, norte).

A cr�tica mais forte de Romney durante a conven��o foi que Obama n�o deu aos americanos o que mais interessa ao povo: prosperidade econ�mica. "Voc� sabe que algo est� ruim com o que fez como presidente quando a sensa��o mais agrad�vel que tem � a do dia em que votou nele", disse o candidato republicano.

Ryan seguramente surpreendeu Obama atacando a imagem do presidente, que se apresenta como a personifica��o da esperan�a e da mudan�a. "Os graduados universit�rios n�o devem viver at� seus 20 anos em seus quartos da inf�ncia, olhando para os p�steres descoloridos de Obama", ironizou.

Obama deve atingir os decepcionados Leila Brammer, professora de Comunica��o e Ret�rica do Gustavus Adolphus College, de Minnesota, disse que essas cr�ticas causam impacto nos eleitores indecisos e que Obama precisa fazer mais do que defender sua administra��o e falar da economia.

"Precisa realmente encontrar a maneira de comover" as pessoas, disse ela, referindo-se a um presidente que tinha prometido unir uma na��o que hoje parece cada vez mais dividida. "A pessoas est�o decepcionadas com ele. N�o apenas em rela��o � economia. Tamb�m dizem: 'confi�vamos nele, era quase uma confian�a religiosa, e nos abandonou", afirma Brammer.

Obama tentar� recuperar seu carisma na quinta-feira, como fez em 2008, trocando os limites estreitos de uma sala de conven��es por um imenso est�dio aberto lotado por 70.000 pessoas. Defender� sua cruzada pelas mudan�as, destacando a hist�rica reforma do sistema de sa�de e sua ordem de p�r fim � restri��o que obrigava os gays a esconder a sua homossexualidade nas For�as Armadas, a retirada das tropas americanas do Iraque, assim como os golpes desferidos na Al-Qaeda, principalmente com a morte de Osama bin Laden.

Obama reiterar� seu apelo pelo aumento dos impostos para os ricos e pela manuten��o do sistema de sa�de para os idosos, mostrando-se mais sens�vel � classe m�dia do que o multimilion�rio Romney. "A mensagem que queremos fazer chegar aos lares � de que este presidente est� comprometido por experi�ncia, princ�pios e de cora��o a reconstruir uma economia na qual quem trabalha duro possa seguir em frente, na qual a classe m�dia se sinta segura", disse o assessor presidencial David Axelrod.

Para isso, o presidente conta tamb�m com o s�lido apoio da popular primeira-dama Michelle, que certamente o apresentar� como homem e como l�der, e do ex-presidente Bill Clinton, lembrado por seus dois mandatos de prosperidade, que tamb�m pedir� mais quatro anos para Obama.


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