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Estado de Minas

Cl�rigo mu�ulmano � acusado de forjar provas contra menina crist� no Paquist�o


postado em 03/09/2012 07:33 / atualizado em 03/09/2012 08:10

Islamabad – A menina crist� que foi presa num controverso caso com base em uma lei paquistanesa antiblasf�mia pode estar perto de ser libertada, depois de a pol�cia ter detido ontem o cl�rigo mu�ulmano Khalid Jadoon, suspeito de criar provas para enquadr�-la na legisla��o. Ainda assim, Rimsha Masih, cuja pris�o no m�s passado causou indigna��o entre grupos religiosos e seculares no mundo todo, pode correr perigo ao retornar para o vilarejo onde vive. Alguns vizinhos mu�ulmanos insistem em que ela seja punida e dizem que o im� detido � uma v�tima.

De acordo com a lei paquistanesa antiblasf�mia, a mera alega��o de causar ofensa ao Isl� pode conduzir � pena de morte. As pessoas acusadas desse delito algumas vezes s�o mortas por populares mesmo depois que tribunais as consideram inocentes. “Despejem gasolina e queimem esses crist�os”, disse Iqbal Bibi, de 74 anos, ao defender o im� na entrada da mesquita onde ele prega, no vilarejo de Mehr Jaffer, onde vive a menina Rimsha. “O cl�rigo da mesquita foi oprimido. Ele n�o est� errado. Ele � inocente”, acrescentou.

Rimsha foi acusada por vizinhos mu�ulmanos de queimar textos religiosos isl�micos e por isso foi presa, mas ontem o oficial de pol�cia Munir Hussain Jafri disse que um cl�rigo foi detido depois de testemunhas terem informado que ele rasgou p�ginas do Alcor�o e as colocou na bolsa de Rimsha, ao lado de pap�is queimados. O im� Khalid Jadoon Chishti apareceu brevemente em um tribunal ontem antes de ser enviado � pris�o preventiva por um per�odo de 14 dias. Hoje haver� uma audi�ncia sobre a liberta��o de Rimsha sob fian�a.

O caso trouxe de novo � tona a lei antiblasf�mia, segundo a qual qualquer pessoa que falar mal do Isl� e do profeta Maom� comete crime pun�vel com a pena de morte. Ativistas e grupos de defesa dos direitos humanos dizem que a terminologia vaga da lei leva ao seu uso indevido e que ela discrimina perigosamente os grupos minorit�rios do pa�s.

Cr�ticos das autoridades paquistanesas afirmam que elas est�o preocupadas demais com uma rea��o extremista e, por isso, n�o se pronunciam contra a lei, em uma na��o onde o conservadorismo religioso � cada vez mais dominante. Em janeiro de 2011, o governador da prov�ncia do Punjab, Salman Taseer, foi assassinado pelo pr�prio guarda-costas porque havia defendido a reforma da lei antiblasf�mia.


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