Um homem da Calif�rnia apontado pela imprensa americana como o suposto autor do filme anti-isl�mico que gerou protestos no Oriente M�dio amanheceu nesta quinta-feira em estado de s�tio, com a casa cercada por jornalistas e sob prote��o policial.
Ap�s v�rias especula��es sobre quem seria o diretor - originalmente identificado com o pseud�nimo Sam Bacile - do filme de baixo or�amento que ridiculariza o profeta Maom� e provocou indigna��o na comunidade mu�ulmana, a imprensa apontou como o respons�vel um homem copta (crist�o eg�pcio) residente em Cerritos, sub�rbio 40 km ao sul de Los Angeles.
Desde ent�o, e embora n�o tenha sido confirmado se o copta Nakula Basseley de fato esteve por tr�s das c�meras, sua casa est� cercada de jornalistas e sob cust�dia dos agentes da lei, constatou a AFP.
"Recebemos uma liga��o e atendemos, estamos cuidando da seguran�a p�blica e continuaremos fazendo isto", disse � AFP Steve Whitmore, porta-voz do xerife do condado de Los Angeles, ao qual pertence Cerritos, quando perguntado se Nakula Basseley est� sob prote��o.
Whitmore n�o antecipou quem fez a liga��o, nem que tipo de prote��o a pol�cia d� ao homem.
"N�o h� dist�rbio algum, nenhum crime (...) A raz�o pela qual estamos controlando a vizinhan�a s�o voc�s (os jornalistas)", acrescentou.
"Infelizmente, este tipo de aten��o atrai mais gente", acrescentou.
Fontes an�nimas disseram ao canal ABC que Nakula, de 55 anos, condenado a 21 meses de pris�o em 2010 por fraude banc�ria, teme por sua vida.
Uma informa��o divulgada na quarta-feira pelos meios de comunica��o americanos indicava que Nakula era o diretor da empresa produtora do filme, embora supostamente ele tenha negado ser o diretor do longa-metragem.
O canal de not�cias CNN o identificou na quinta-feira com o autor de "A inoc�ncia dos mu�ulmanos", cuja divulga��o na internet desencadeou ataques na L�bia, durante os quais morreram o embaixador americano em Benghazi, Chris Stevens, e outros tr�s americanos.
Al�m da L�bia, tamb�m houve viol�ncia no Egito entre a pol�cia e manifestantes que protestaram pelo mesmo motivo, e no I�men a revolta se voltou contra a embaixada dos Estados Unidos, deixando quarto mortos.
Tamb�m houve protestos em Ir�, Iraque, Gaza e L�bano.
Na noite de quarta-feira, dois oficiais do xerife permaneceram dentro da casa do suposto cineasta durante mais de uma hora e sa�ram sem fazer coment�rios, constatou um jornalista da AFP.
A fam�lia se recusou a falar com jornalistas no local.
O cineasta foi identificado sob o pseud�nimo de Sam Bacile, supostamente um construtor americano-israelense, mas que informa��es posteriores apontaram primeiro para o cineasta copta Morris Sadek e, por fim, a Nakula, tamb�m copta.
Um colaborador do filme, Steve Klein, disse � AFP que o diretor - cujo nome verdadeiro n�o foi revelado - decidiu se esconder porque teme por sua vida.
Klein negou, ainda, o envolvimento de Israel na produ��o e assegurou que "Sam Bacile" estava mortificado pela morte do embaixador americano.
Em entrevista ao Wall Street Journal na ter�a-feira, "Sam Bacile" se referiu diretamente ao Isl�, ao qual qualificou de "c�ncer".
"Este � um filme pol�tico, e n�o religioso", declarou, afirmando ter feito o filme, no qual os atores falam ingl�s com sotaque americano e apresentam os mu�ulmanos como ignorantes e gratuitamente violentos, com 60 atores e uma equipe de 45 pessoas.
A equipe que participou do filme manifestou sua revolta na quarta-feira, em um comunicado publicado no Los Angeles Times: "Todos os atores e toda a equipe est�o descontentes e t�m a impress�o de terem sido explorados pelo produtor".
"Somos 100% contr�rios a este filme e fomos grosseiramente enganados sobre suas inten��es e objetivos. (...) Estamos chocados com a reelabora��o do roteiro e com as mentiras proferidas a todas as pessoas envolvidas", acrescentaram.