A cubana Marta Beatriz Roque e outros 29 dissidentes suspenderam nesta ter�a-feira a greve de fome de oito dias, ap�s a ordem de soltura do opositor Jorge V�zquez Chaviano, informou um ativista � AFP.
"Suspendemos a greve de fome porque a mulher de Jorge V�zquez Chaviano informou (da cidade de Santa Clara) que chegou a ordem do Supremo Tribunal para coloc�-lo em liberdade", disse � AFP a ativista Rosa Naranjo na casa de Roque em Havana.
A "dama de ferro" da dissid�ncia cubana come�ou seu jejum seguida por outros 13 opositores em diversas localidades da ilha, mas logo foram se somando mais e agora s�o 27, incluindo Roque e o preso V�zquez.
Roque, 67 anos e diab�tica, disse que a decis�o � "uma vit�ria para toda a na��o cubana, porque muita gente de Cuba nos apoia, muita gente no ex�lio nos apoia...".
"Penso que o caminho, e n�o digo a greve de fome, porque isto nos deixa muito mal, seja este: o de respeito e apoio m�tuo, independentemente de como pensamos, independentemente de nossa posi��o pol�tica sobre os problemas deste pa�s".
Economista e ex-presa pol�tica, Roque iniciou a greve de fome para exigir a liberta��o de V�zquez, que deveria sair da pris�o em 9 de setembro, ap�s cumprir uma pena por exercer uma "atividade econ�mica ilegal".
A mulher de V�zquez foi chamada na tarde desta ter�a-feira ao quartel da Seguran�a do Estado, em Santa Clara (270 km a leste de Havana), para ser informada da liberta��o do marido por ordem do Supremo Tribunal.
"Com a imediata liberta��o de Jorge V�zquez Chaviano terminou a greve de fome e se confirmou a vit�ria cidad�", escreveu a blogueira Yoani S�nchez no Twitter.
A greve de fome se tornou a arma principal dos dissidentes cubanos para reivindicar seus direitos perante o governo, mas a pr�tica custou a vida de dois opositores presos: Orlando Zapata (fevereiro de 2010) e Wilman Villar (janeiro de 2012).
O governo cubano qualifica os opositores de "mercen�rios" a servi�o dos Estados Unidos, e nenhum meio de comunica��o da ilha, todos sob controle estatal, reportou algum jejum de protesto.