Violentos combates eram registrados neste s�bado no oeste da prov�ncia de Aleppo, onde, segundo uma ONG s�ria, o regime de Bashar al-Assad teme a instaura��o de uma �rea controlada pelos rebeldes que facilitaria o apoio log�stico a partir da vizinha Turquia.
Os combates eram registrados nas localidades de Orm e de Kafar Youm, e os rebeldes atacaram destacamentos em Abezmo, no oeste da prov�ncia de Aleppo, indicou o Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH), que conta com uma ampla rede de militantes no terreno.
"Nesta �rea pr�xima � fronteira com a Turquia, o Estado n�o tem presen�a, a n�o ser em postos militares e administrativos", afirmou Rami Abdel Rahman, presidente do OSDH.
Segundo a ONG, o regime de Bashar al-Assad quer evitar a todo custo que os rebeldes consigam unir esta parte da prov�ncia de Aleppo � prov�ncia de Idleb, pois isso formaria uma grande regi�o insurgente, �s portas da Turquia, que apoia a rebeli�o.
O Ex�rcito turco mobilizou de forma preventiva neste s�bado canh�es e m�sseis antia�reos nas imedia��es do posto na fronteira com a S�ria de Tall al-Abyad, que registrava confrontos entre rebeldes e for�as do governo, segundo a rede turca NTV News.
Este deslocamento de for�as � uma rea��o a um bombardeio executado na quinta-feira por parte das for�as governamentais s�rias � cidade de Sanliurfa, situada na fronteira sudeste do pa�s, e durante o qual dois turcos ficaram feridos, quando as tropas do regime tentavam retomar posi��es rebeldes.
Na mesma cidade de Aleppo, durante a madrugada, foram ouvidas fortes explos�es causadas por disparos de artilharia, constatou um correspondente da AFP.
Nesta segunda maior cidade da S�ria, que h� dois meses � cen�rio de uma batalha crucial, os bairros de Katergi, Shaar, Sakhour, Hanano, Arkoub (leste) e Marj� (sul) foram bombardeados de madrugada, informou o OSDH.
O mercado de Aleppo, totalmente deserto, e onde est� a linha de frente, segue intacto, apesar dos bombardeios a�reos, constatou a AFP.
Neste s�bado, 75 pessoas - 27 civis, 28 soldados e 20 rebeldes-- morreram na S�ria, informou o OSDH. Na sexta-feira, a viol�ncia deixou 142 mortos, entre eles 88 civis, segundo a mesma organiza��o.
Oposi��o transfere comando para a S�ria
O Ex�rcito S�rio Livre (ESL), que lidera a rebeli�o contra o regime, anunciou neste s�bado a transfer�ncia de seu comando central da Turquia, onde estava h� um ano, para a S�ria.
"O comando do Ex�rcito S�rio Livre (ESL) entrou nas regi�es libertadas", anunciou o chefe do ESL, Rial al-Assad, em um v�deo divulgado na internet. Ele afirmou que o objetivo � iniciar o plano de "liberta��o de Damasco".
Na v�spera, Abdel Baset Sayda, presidente do Conselho Nacional S�rio (CNS), principal coaliz�o opositora, considerou que o conflito havia chegado a um "ponto de extrema gravidade", que pode provocar uma situa��o catastr�fica e ainda mais extremismo, inclusive nos pa�ses vizinhos".
A ideia de uma zona de exclus�o a�rea, mencionada em agosto pela comunidade internacional e solicitada pela oposi��o s�ria para impedir os bombardeios a�reos do regime contra as zonas rebeldes, voltou � ordem do dia.
"N�o s� n�s, mas muitos pa�ses est�o discutindo esta quest�o de uma zona de exclus�o a�rea, porque est� claro que, no momento, � muito dif�cil torn�-la realidade", declarou um alto funcion�rio franc�s em Washington.
"Conversamos com todos os nossos interlocutores, turcos, americanos, brit�nicos e outros, mas, no momento, n�o conseguimos o impulso pol�tico para organizar em um futuro pr�ximo uma zona de exclus�o a�rea", acrescentou a autoridade.
Um projeto como esse precisa da aprova��o do Conselho de Seguran�a, hip�tese descartada, levando-se em considera��o a oposi��o de R�ssia e China.