Rebeldes lan�aram uma barragem de morteiros sem precedentes contra as for�as do governo s�rio em Alepo, disseram ativistas e moradores nesta sexta-feira. Est�o acontecendo os combates mais intensos dos �ltimos dois meses, um dia ap�s os opositores terem iniciado nova ofensiva pelo controle da maior cidade da S�ria. Enquanto os insurgentes lutam uma batalha de guerrilhas, ca�as da For�a A�rea da S�ria voltaram a bombardear bairros residenciais. Imagens do canal Shams News mostraram escombros de pr�dios destru�dos em Alepo e tamb�m em Azaz, cidade na fronteira com a Turquia. Em Azaz, um homem retirou o corpo de uma crian�a morta de uma ru�na e o bombardeio deixou um n�mero n�o determinado de civis mortos.
Tamb�m ocorreram confrontos nesta sexta-feira em Damasco e na prov�ncia de Deir Ez-Zor, no leste da S�ria. Imagens da emissora de televis�o Al Jazeera, do Catar, mostraram insurgentes controlando a cidade de Mayadin, na prov�ncia de Deir Ez-Zor.
"A luta � sem precedentes e n�o para desde quinta-feira. Os confrontos costumavam ser limitados a um ou dois quarteir�es de um distrito, mas agora as lutas est�o em todo lugar", afirmou o Observat�rio S�rio para os Direitos Humanos, a respeito da situa��o em Alepo.
Alguns dos piores confrontos em Alepo aconteceram na bairro predominantemente curdo de Sheikh Maksoud. Os curdos s�o a maior minoria �tnica da S�ria e est�o divididos entre os dois lados do conflito, alguns com os rebeldes e outros com o regime. Mas os combates se alastraram para dez frontes em Alepo, disseram insurgentes � Al Jazeera. Em Azaziya, um bairro de classe m�dia alta e majoritariamente habitado por arm�nios, uma fam�lia disse que fugiu de casa quando uma bala estilha�ou uma janela.
"A cidade est� testemunhando um dos dias mais violentos. Todos os frontes est�o em chamas", disse o ativista de Alepo Baraa al-Halabi. Os combatentes do principal grupo rebelde, o Ex�rcito Livre S�rio, tentam expulsar os soldados do governo do presidente Bashar Assad. A cidade de 3 milh�es de habitantes � um campo de batalha estrat�gico na guerra civil do pa�s. Sua queda seria uma grande vit�ria estrat�gica para a oposi��o. J� uma derrota dos rebeldes no m�nimo daria mais tempo a Assad.
Em Damasco, os insurgentes anunciaram que est�o se agrupando em um conselho que re�ne 5 mil combatentes na capital e nos sub�rbios. "existe um grande esfor�o por unidade em Damasco", disse Manar al-Akkad, porta-voz do Conselho Unit�rio revolucion�rio. O objetivo tamb�m � montar comit�s civis que poder�o exercer fun��es de governo em um est�gio posterior.
Os insurgentes tamb�m estariam tentando atrair para o conselho os combatentes do grupo islamita Ansar al-Islam. O grupo � uma seita extremista isl�mica, que assumiu a responsabilidade por um ataque com carro-bomba feito contra o quartel-general do ex�rcito s�rio na quarta-feira. Alguns analistas consideram a Ansar al-Islam uma organiza��o terrorista sunita, que agiria no Iraque, no nordeste do Ir� e tamb�m estaria atualmente na S�ria, onde combateria Assad.