O representante de Portugal na Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), embaixador Moraes Cabral, defendeu a reforma do Conselho de Seguran�a na ONU com o direito de o Brasil ocupar um assento permanente, assim como a �ndia e um pa�s africano. Atualmente o �rg�o tem 15 vagas, das quais cinco s�o permanentes e dez rotativas. Portugal encerra agora o per�odo como um dos pa�ses com assento rotativo.
Moraes Cabral disse que os dois anos de Portugal no Conselho de Seguran�a foram positivos, pois foram analisadas crises na Costa do Marfim, na L�bia, no I�men, na S�ria e na Guin�-Bissau. "As nossas a��es foram sempre guiadas pela abertura para o di�logo e uma atitude construtiva e equilibrada, incorporando a nossa voca��o para construir pontes e gerar consensos, sem abdicar dos nossos valores e princ�pios."
O embaixador acrescentou que � fundamental que o Conselho de Seguran�a discuta medidas para combater o crime organizado, terrorismo, pandemias e v�rios tipos de tr�fico. Cabral reiterou a necessidade de a ONU retomar o debate sobre a amplia��o do conselho. Ele lembrou que a atual estrutura do �rg�o reflete o mundo de 1945.
"� cada vez mais dif�cil para n�s, como para muitos outros, ver que o papel crescente do Brasil e da �ndia na cena internacional n�o foi ainda reconhecido com lugares permanentes no Conselho de Seguran�a", disse o embaixador, referindo-se tamb�m � participa��o de um pa�s na �frica, que “continua a ser o �nico continente sem um lugar permanente no Conselho de Seguran�a”.
Na 67ª Assembleia Geral das Na��es Unidas, a presidenta Dilma Rousseff voltou a apelar para a reforma do Conselho de Seguran�a sob pena de decis�es relevantes no mundo serem tomadas de forma externa ao �rg�o. Ela se referiu, por exemplo, �s medidas definidas na Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan).