O chefe da principal coaliz�o opositora viajou nesta segunda-feira para a S�ria, onde o Ex�rcito lan�ou uma ofensiva generalizada para tentar aniquilar at� o final da semana os bols�es de resist�ncia em Homs, "capital da revolu��o".
O chefe do Conselho Nacional S�rio (CNS), Abdel Basset Sayda, que fazia a sua primeira visita � S�ria desde a sua designa��o em junho, foi � cidade de Bab al-Hawa, na fronteira com a Turquia, na prov�ncia de Idleb, indicaram � AFP membros da rebeli�o que controla esta zona.
Enquanto isso, na fronteira nordeste do pa�s, o Ex�rcito turco respondeu novamente � queda de um morteiro na prov�ncia de Hatay, disparando contra posi��es do Ex�rcito s�rio.
Depois do bombardeio na quarta-feira de um vilarejo fronteiri�o que causou a morte de cinco civis turcos, Ancara tem respondido imediatamente aos disparos s�rios, pelos quais o Ex�rcito regular � considerado respons�vel. A ONU indicou que teme uma escalada de viol�ncia entre os dois pa�ses.
Em outro sinal de que o conflito s�rio amea�a a estabilidade na regi�o, um morteiro disparado a partir da S�ria caiu nesta segunda-feira no norte do L�bano, segundo uma fonte dos servi�os de seguran�a libaneses.
32.000 mortos em 19 meses
A viol�ncia na S�ria provocou a morte de pelo menos 32.000 pessoas, em sua grande maioria civis, desde o in�cio de um movimento de contesta��o contra o regime, em mar�o de 2011, segundo contas do Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH).
"O Ex�rcito tenta limpar os �ltimos bairros rebeldes de Homs", afirmou � AFP uma fonte dos servi�os de seguran�a s�rios. Pulm�o industrial da S�ria, Homs foi batizada pelos opositores "capital da revolu��o" por ter sido a vanguarda da onda de contesta��o contra o regime de Bashar al-Assad.
"O Ex�rcito tamb�m limpou as aldeias em torno de Qousseir e tenta agora tomar a cidade", acrescentou esta fonte. A informa��o foi confirmada pelos insurgentes.
As duas localidades ficam a uma dist�ncia de cerca de 30 km uma da outra.
Uma outra fonte da seguran�a s�ria afirmou que o Ex�rcito pretende se apoderar dos dois redutos da oposi��o at� o final da semana. "Depois, vamos nos concentrar no norte da S�ria", disse.
A prov�ncia de Homs � a maior e mais estrat�gica do pa�s. Localizada nas fronteiras com L�bano e Iraque, ela liga o norte ao sul da S�ria.
Militantes em Homs consideram que se trata de um ataque sem precedentes.
No norte do pa�s, as tropas s�rias bombardearam novamente Aleppo, segunda maior cidade da S�ria e cen�rio de uma batalha crucial desde meados de julho, indicou o OSDH.
"As pessoas t�m medo e n�o sabem mais para onde ir", declarou � AFP Khaled, pai de cinco filhos, que fugiu durante o ver�o para o bairro de Salaheddine, que se tornou um campo de batalha.
"Agora que o inverno est� chegando, estamos ainda mais tensos. A situa��o econ�mica est� um desastre, n�o temos mais ganha-p�o", explicou este homem de 47 anos, refugiado nos dormit�rios da universidade da cidade.
Em Damasco, as for�as do regime realizam uma "campanha de destrui��o de casas" nos bairros de Qaboun e Barz�, que causou um movimento de �xodo da popula��o, de acordo com o OSDH, que se baseia em uma ampla rede de ativistas e m�dicos.
Esperan�a para ref�ns iranianos
Os rebeldes s�rios indicaram que haviam adiado a sua amea�a de matar dezenas de ref�ns iranianos sequestrados na S�ria desde o in�cio de agosto, indicando que uma media��o turca estava em curso.
O secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou para uma escalada da viol�ncia regional.
"A escalada do conflito na fronteira s�rio-turca e as repercuss�es da crise no L�bano s�o extremamente perigosas", advertiu ele em Estrasburgo, antes de pedir aos doadores que atendam "de maneira mais generosa �s necessidades da popula��o na S�ria e de mais de 300.000 refugiados nos pa�ses vizinhos".
No plano diplom�tico, Damasco rejeitou uma proposta feita por Ancara no s�bado relativa a um per�odo de transi��o dirigido pelo atual vice-presidente s�rio, Farouk al-Chareh, que substituiria o presidente Assad.
O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, voou para Moscou para abordar o conflito na S�ria.
Moscou, um aliado do regime s�rio, e Bagd� pedem regularmente por uma solu��o pol�tica para o conflito e se recusam a exigir a sa�da do presidente Assad.
Nos Estados Unidos, o candidato republicano � Casa Branca Mitt Romney lan�ou um novo apelo para que a oposi��o s�ria receba armas.