Rebeldes capturam duas bases de defesa a�rea na S�ria

Rebeldes s�rios capturaram duas bases de defesa a�rea neste s�bado, uma delas na prov�ncia central de Homs e outra nas proximidades de Damasco, afirma o Observat�rio S�rio de Direitos Humanos. "Houve aumento no n�mero de ataques e capturas de bases de defesa a�rea", assegurou Rami Abdel Rahman, diretor da entidade em Beirute.

O governo s�rio, enquanto isso, lan�ou uma ampla ofensiva na tentativa de recuperar distritos de Homs e eliminar bols�es de resist�ncia depois de ativistas contr�rios ao governo do presidente Bashar Assad terem feito men��o � cidade como "a capital da revolu��o".

Nos arredores de Beirute, a explos�o de um carro-bomba provocou a morte de pelo menos oito pessoas neste s�bado, entre elas duas mulheres e uma crian�a, prossegue o Observat�rio S�rio de Direitos Humanos. Ainda segundo o grupo de oposi��o ao presidente Bashar Assad organizado no exterior, 13 pessoas ficaram feridas. A explos�o ocorreu em Al-Nabak, na rodovia que liga Damasco a Homs.

Mais cedo, o Observat�rio S�rio de Direitos Humanos divulgou estimativa segundo a qual a guerra civil iniciada h� 19 meses no pa�s j� deixou pelo menos 33.082 mortos, a maioria civis. Apenas nos �ltimos cinco dias, o n�mero de mortos chegou a mil, informou a entidade. "Essa � uma guerra total, n�o h� outra forma de descrever a viol�ncia na S�ria", comentou Rami Abdel Rahman.

A conta de �bitos inclui 23.630 civis, 8.211 soldados e 1.241 desertores do ex�rcito que aderiram a grupos rebeldes contra o regime do presidente Bashar Assad, al�m de desertores fora da �rea militar que pegaram em armas para combater o governo. O conflito na S�ria teve in�cio em mar�o do ano passado, com um levante popular que deflagrou uma violenta repress�o por parte das for�as do governo.

Tamb�m neste s�bado, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, criticou o Conselho de Seguran�a (CS) da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) por n�o ter chegado a um acordo para p�r fim � guerra civil na S�ria. Durante confer�ncia internacional realizada em Istambul, Erdogan afirmou que o mundo vem testemunhando uma "trag�dia humanit�ria" na S�ria.

"Se ficarmos esperando um ou dois membros permanentes (...), o futuro da S�ria estar� em perigo", disse o primeiro-ministro, sem mencionar nominalmente Moscou e Pequim. A R�ssia e a China, dois dos cinco membros permanentes do CS da ONU, t�m amea�ado vetar propostas de resolu��o que pressionem Damasco a encerrar unilateralmente o conflito e aceitar um processo de transi��o pol�tica. Erdogan tamb�m pediu a reforma do CS, que ele descreveu como um "sistema desigual e injusto", que n�o representa a maioria dos pa�ses.

O primeiro-ministro fez os coment�rios enquanto o ministro das Rela��es Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, se reunia com l�deres �rabes e europeus em meio a tens�es crescentes na fronteira entre a Turquia e a S�ria.

Na quarta-feira, a Turquia interceptou um avi�o de passageiros que ia de Moscou a Damasco e confiscou o que declarou ser equipamentos militares a bordo da aeronave. A S�ria denunciou o ato como pirataria a�rea e a R�ssia disse que a carga era composta de pe�as de radares que n�o violavam as leis internacionais.