Brasil rejeita ataque ao Ir�

Em sua primeira visita a Israel como chanceler, o ministro brasileiro das Rela��es Exteriores, Antonio Patriota, teve uma maratona de encontros com a c�pula pol�tica do pa�s. O diplomata ouviu de v�rias autoridades um discurso de apreens�o sobre o programa nuclear do Ir�, mas reiterou o rep�dio do Brasil a uma a��o militar contra o Ir�. O governo de Israel considera as ambi��es nucleares iranianas uma amea�a existencial ao pa�s. Em diversas ocasi�es, refor�a que n�o descarta um ataque para impedir a bomba at�mica, mesmo que Teer� afirme que seu programa tem apenas fins pac�ficos.

Em Jerusal�m, Patriota rejeitou a posi��o israelense de que "todas as op��es devem estar sobre a mesa". O chanceler disse que o Brasil n�o aceita a��es unilaterais, apenas "as op��es legais". A diferen�a de posi��es em rela��o ao Ir� foi o principal ponto de diverg�ncia nos encontros do ministro. O presidente israelense teria pedido ao brasileiro que boicotasse encontros com o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, mas, mais tarde, Patriota negou que a palavra “boicote” tivesse sido mencionada.

O discurso mais duro contra o Ir� ouvido por Patriota partiu do chanceler israelense, Avigdor Liberman, que comparou o regime persa � ditadura nazista. "As pot�ncias ocidentais tentaram apaziguar Hitler e n�s sabemos qual foi o tr�gico resultado, principalmente para o povo judeu", disse, em defesa de mais press�o contra o Ir�. "Espero que o mundo ocidental n�o repita os mesmos erros." No encontro com o premi� Benjamin Netanyahu, Patriota manifestou sua decep��o com a paralisia no processo de paz com os palestinos, que j� dura quatro anos. Netanyahu disse que tem interesse na negocia��o, mas n�o h� coopera��o palestina. Hoje, o brasileiro vai � cidade palestina de Ramallah, onde se reunir� com o presidente, Mahmoud Abbas, e o premi�, Salam Fayyad.