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Estado de Minas

Obama e Romney duelam sobre pol�tica externa e economia


postado em 23/10/2012 07:41

(foto: AFP PHOTO / WIN MACNAMEE - POOL )
(foto: AFP PHOTO / WIN MACNAMEE - POOL )

O presidente Barack Obama e o candidato republicano Mitt Romney discutiram nesta segunda-feira, em seu �ltimo debate da campanha � presid�ncia, sobre pol�tica externa e defesa, base para um verdadeiro duelo sobre economia, a quest�o fundamental para as elei��es de 6 de novembro nos Estados Unidos.

Durante o debate, o democrata questionou as propostas de pol�tica externa do rival, enquanto o republicano optou por reintroduzir com �xito na discuss�o o futuro econ�mico dos Estados Unidos.

Em 90 minutos, os candidatos falaram sobre temas como o Ir�, a amea�a da Al-Qaeda ou a crise na S�ria. Obama e Romney tentaram estabelecer uma diferen�a que ajude a desempatar as pesquisas, que mostra a disputa pela Casa Branca muito parelha.

O ex-governador Romney atribuiu a Obama uma pol�tica externa fraca, mas evitou propor o envio de tropas para resolver os desafios dos Estados Unidos no mundo, ante uma guerra que ainda precisa de solu��o no Afeganist�o.

No debate na Universidade de Lynn, em Boca Raton (Fl�rida), Obama come�ou acusando seu advers�rio republicano Mitt Romney de se equivocar em todas as suas decis�es sobre pol�tica externa, em particular sobre o Iraque: "cada vez que voc� opinou, se equivocou".

Romney respondeu que os Estados Unidos n�o conseguir�o acabar com a amea�a terrorista e a Al-Qaeda "apenas matando" os extremistas: "felicito o senhor (Obama) por ter eliminado Osama Bin Laden e por perseguir os l�deres da Al-Qaeda, mas n�o sairemos disto apenas matando".

Obama declarou estar feliz pelo fato de Romney reconhecer a Al-Qaeda como uma amea�a e alfinetou: "H� alguns meses o senhor disse que a maior amea�a aos Estados Unidos era a R�ssia. O senhor n�o quer duplicar o que aconteceu no Iraque, mas j� disse que quer colocar mais soldados no Iraque. O senhor foi contra os tratados nucleares com os russos. O senhor envia mensagens confusas. Precisamos de uma lideran�a forte e firme no Oriente M�dio, ao contr�rio do que o senhor faz com suas declara��es".

"Quando se trata de pol�tica externa, o senhor parece querer voltar �s pol�ticas dos anos 1980, �s pol�ticas sociais dos anos 1950 e �s pol�ticas econ�micas dos anos 1920", disse o presidente.

Romney respondeu afirmando que a R�ssia � sim um inimigo geopol�tico: "o Ir� � a maior amea�a a nossa seguran�a nacional e os russos ap�iam os iranianos".

O republicano abriu o primeiro atalho no debate para atacar o desempenho econ�mico do governo Obama ao afirmar que um pa�s com a economia debilitada n�o pode desempenhar um papel de hegemonia e lideran�a no mundo, e defendeu a amplia��o das rela��es comerciais com a Am�rica Latina, cuja economia � quase t�o grande como a da China.

O volume comercial dos Estados Unidos "cresce 12% ao ano, se duplica a cada cinco anos, mas podemos fazer melhor, particularmente na Am�rica Latina".

"As oportunidades para n�s na Am�rica Latina simplesmente n�o est�o sendo aproveitadas. De fato, a economia da Am�rica Latina � quase t�o grande como a da China. A Am�rica Latina � a grande oportunidade".

Sobre o pol�mico programa nuclear do Ir�, apontado como uma fachada para obter a bomba at�mica, Obama prometeu que "enquanto eu for presidente dos Estados Unidos, Teer� n�o conseguir� uma arma nuclear".

Em seguida, o presidente desmentiu qualquer negocia��o direta de seu governo com Teer� sobre o programa nuclear, como informou no s�bado o jornal The New York Times. "S�o informa��es de jornal e n�o s�o certas".

Obama advertiu ainda que o "rel�gio est� andando" e que "n�o vamos permitir ao Ir� que nos envolvam em negocia��es que n�o levem a lugar nenhum". "O rel�gio est� andando e vamos fazer o que for necess�rio", advertiu.

Romney rebateu afirmando que Obama prometeu reunir todos os l�deres do mundo em busca de apoio para resolver a crise iraniana, incluindo o venezuelano Hugo Ch�vez, e que isto foi visto como fraqueza. "Dez mil centr�fugas preparando ur�nio � inaceit�vel para n�s. O presidente deve mostrar o que � ou n�o � aceit�vel, apresentar as san��es mais r�gidas poss�veis, exercer press�o sobre eles para poder evitar uma a��o militar".

Sobre sua posi��o diante de um eventual ataque a Israel, Obama e Romney concordaram que apoiar�o o Estado hebreu de todas as formas, inclusive militarmente.

"Se Israel for atacada os Estados Unidos v�o ficar do lado de Israel. Montamos a maior coopera��o militar e de intelig�ncia da hist�ria de Israel (...) e enquanto eu for presidente dos Estados Unidos, o Ir� n�o vai obter uma arma nuclear" para amea�ar o Estado Hebreu.

"Israel � um verdadeiro amigo e nosso melhor aliado na regi�o", acrescentou Obama.

Romney garantiu que "ficaremos ao lado de Israel" contra o Ir�, "inclusive militarmente, mas nossa miss�o � dissuadir os iranianos atrav�s de meios diplom�ticos e de san��es mais r�gidas, absolutamente fundamentais", como o fechamento dos portos aos petroleiros iranianos e um maior isolamento de Teer�.

"Devemos apoiar nossos aliados", disse o republicano, antes de criticar a maneira como Obama reagiu �s manifesta��es da oposi��o e � viol�ncia no Ir� ap�s as elei��es de 2009.

"O sil�ncio do presidente foi um enorme erro. Devemos defender nossos princ�pios, defender nossos aliados, promover um Ex�rcito e uma economia mais fortes".

Retomando a quest�o econ�mica, Romney prometeu investir mais nas For�as Armadas com o excedente que obter� com os cortes de gastos, que permitir�o equilibrar o or�amento em 8 a 10 anos.

Obama reagiu afirmando que as contas de Romney n�o fecham: "ele quer gastar 5 trilh�es de d�lares com os militares e reduzir o d�ficit, esta matem�tica n�o bate".

Sobre a acusa��o de reduzir o n�mero de avi�es e navios das For�as Armadas, Obama ridicularizou Romney ao acus�-lo de pensar em termos de "cavalos e baionetas".

"O governador Romney n�o passou tempo suficiente estudando como funcionam nossas For�as Armadas (...). Governador, tamb�m temos menos cavalos e baionetas hoje porque a natureza de nossas for�as mudou. Agora temos coisas que se chama porta-avi�es e estes navios que navegam sob o mar, os submarinos nucleares", ironizou Obama.

Sobre o Oriente M�dio, Romney acusou o governo Obama de n�o aproveitar a mudan�a total no ambiente provocada pela "Primavera �rabe", permitindo eventos perturbadores na L�bia, como o ataque terrorista ao consulado em Benghazi, o dom�nio de parte do Mali por elementos ligados � Al-Qaeda e o avan�o da Irmandade Mu�ulmana no Egito.

"Nossa estrat�gia � bastante direta: sair atr�s dos bandidos, permitir que os mu�ulmanos possam rejeitar estes radicais por contra pr�pria, ajudar o mundo mu�ulmano com investimentos, educa��o, leis, promover a sociedade civil e pegar os bandidos", disse o republicano.

Obama rebateu afirmando que conseguiu formar uma coaliz�o na L�bia, derrubar um ditador (Muammar Kadhafi) e fazer dos l�bios "nossos aliados" sem colocar tropas americanas no terreno. "Na L�bia, nossa primeira preocupa��o foi a seguran�a, mas vamos fazer justi�a", prometeu sobre a morte do embaixador Chris Stevens e de outros tr�s funcion�rios americanos.

Sobre a crise s�ria, Obama destacou que seu governo mobilizou a comunidade internacional e "estamos ajudando a oposi��o a se organizar com o aux�lio de nossos parceiros na regi�o". "Mas � preciso saber que entrar militarmente na S�ria � um passo perigoso, e que entregar armas pesadas, que podem cair em m�os erradas, � algo perigoso".

Romney respondeu dizendo que a S�ria enfrenta uma trag�dia que j� deixou 30 mil mortos, em um importante pa�s da regi�o, e que o governo americano tem o dever de garantir que as armas sejam entregues "�s pessoas certas". "Precisamos do relacionamento e da amizade para ter um amigo no futuro".

Ao analisar a campanha militar no Afeganist�o, Obama lembrou que nos �ltimos quatro anos "fizemos progressos reais saindo de duas guerras e de pol�ticas econ�mias equivocadas", em refer�ncia ao governo do republicano George W. Bush.

Retomando a quest�o econ�mica, o presidente foi direto: "quero trazer empregos de volta para este nosso pa�s, ter a melhor pol�tica educacional do mundo, controlar nossas fontes de energia, reduzir nosso d�ficit cortando gastos, mas tamb�m pedindo que os que ganham mais contribuam mais para que possamos investir em tecnologia".

Romney reagiu afirmando que � preciso haver uma lideran�a verdadeira para promover a paz e a seguran�a, garantir o progresso da economia e equilibrar o or�amento, ap�s quatro anos de governo que deixaram 20 trilh�es de d�lares em d�vida.

O candidato republicano retomou a promessa de criar 12 milh�es de empregos e afirmou que trabalhar� com os dois lados em Washington, em refer�ncia aos "bons democratas", para promover as oportunidades e reafirmar os Estados Unidos como a grande esperan�a do mundo.


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