O Ex�rcito s�rio efetua nesta ter�a-feira ataques a�reos em Aleppo e persegui��es em Damasco, o que reduz as esperan�as de um cessar-fogo durante a festa mu�ulmana do Eid al-Adha na sexta-feira.
A tr�s dias do Eid al-Adha, o mediador internacional Lakhdar Brahimi fez um apelo "muito firme" pela implementa��o da tr�gua solicitada por ele entre os rebeldes e as for�as do regime durante a festividade mu�ulmana, segundo o porta-voz da ONU, Martin Nesirk.
"� preciso ver o que vai acontecer", declarou Nesirky. "Brahimi pressiona firmemente nesta dire��o, como o faz o secret�rio-geral (Ban Ki-moon), porque estamos em um per�odo muito importante", acrescentou
O mediador deve relatar os resultados de seus esfor�os � ONU na sexta-feira.
Em uma aparente tentativa de apaziguamento, o presidente Bashar al-Assad, com suas tropas envolvidas em um conflito com os rebeldes que causou pelo menos 34 mil mortes em 19 meses, decretou anistia aos presos, � exce��o dos "terroristas", termo utilizado pelo regime para designar os rebeldes.
De acordo com o Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH), dezenas de milhares de civis foram presos e outros milhares desapareceram nas pris�es do regime desde o in�cio da revolta, em meados de mar�o de 2011.
No terreno, a avia��o bombardeou uma �rea rebelde em Aleppo, a metr�pole do norte, matando dez civis, informou o OSDH. Um habitante afirmou que as v�timas faziam fila em frente � padaria no momento do ataque.
Em Damasco, as for�as de seguran�a realizaram opera��es de busca no bairro de Al-Zahra. E no leste do pa�s, combates foram relatados em Deir Ezzor, perto da fronteira com o Iraque.
Em todo pa�s, 64 pessoas morreram, entre elas 33 civis, 13 soldados e 18 rebeldes, segundo um balan�o provis�rio do OSDH.
Apesar de as autoridades terem considerado "bem sucedida" a miss�o do mediador, Brahimi n�o conseguiu qualquer garantia para uma tr�gua tempor�ria ou duradoura.
Perguntado se as duas partes chegaram a um acordo, Faisal Moqdad, vice-ministro das Rela��es Exteriores, respondeu � imprensa que "isto precisa acontecer de forma r�pida".
Damasco tamb�m acusou a Fran�a de dificultar os esfor�os para p�r fim � viol�ncia devido ao seu apoio a "terroristas", algo que Paris nega.
"Ouvir o governo s�rio (proferir essas acusa��es) � surreal (...) Este mesmo cl� pratica contra o seu pr�prio povo bombardeios intensivos", respondeu o porta-voz do Quai d'Orsay, Philippe Lalliot.
ONU planeja uma for�a de paz
"Nada sugere que as armas v�o se calar", afirmou � AFP Rami Abdel Rahman, chefe do OSDH, considerando que "nem os rebeldes nem o governo parecem dispostos a um cessar-fogo".
Uma visita de bispos planejada pelo Vaticano � S�ria foi "adiada" em raz�o da "gravidade da situa��o", indicou o cardeal e secret�rio de Estado Tarcisio Bertone, que acrescentou que n�o poder� ser realizada na pr�xima semana.
Considerando uma improv�vel tr�gua da viol�ncia, a ONU trabalha em um projeto de cria��o de uma for�a de manuten��o de paz na S�ria.
Mas seu mandato deve ser aprovado pelos 15 membros do Conselho de Seguran�a, que est�o profundamente divididos sobre a quest�o, com Moscou e Pequim protegendo o governo s�rio com o seu poder de veto.
O Ir�, outro aliado de Damasco, anunciou que um "di�logo nacional" envolvendo todas as partes s�rias pode ter in�cio "em breve", em Teer� ou em outros pa�ses da regi�o.
O n�mero de refugiados s�rios no L�bano superou a marca de 100.000, de acordo com o Alto Comissariado das Na��es Unidas para os Refugiados (Acnur). Turquia, Jord�nia e Iraque j� haviam superado este n�mero.
O Programa Alimentar Mundial (PAM), uma ag�ncia da ONU, anunciou o envio uma ajuda alimentar para 1,5 milh�o de pessoas na S�ria em setembro, contra 850.000 no m�s passado, considerando que a situa��o "est� cada vez mais grave".
Depois de o mediador internacional ter alertado para a possibilidade de um transbordamento do conflito s�rio, um novo morteiro s�rio caiu em territ�rio turco, sem causar v�timas, segundo o canal CNN-Turk.
No L�bano, o Ex�rcito permanece presente nos bairros de Beirute e Tr�poli (norte), ap�s a viol�ncia desencadeada por um ataque mortal atribu�do pela oposi��o ao regime s�rio .
Membros da oposi��o libanesa hostil ao regime de Damasco afirmaram ainda que haviam recebido mensagens de texto com amea�as enviadas de um n�mero s�rio, antes e depois do assassinato de um chefe da pol�cia em 19 de outubro.