Manifestantes fazem manifesta��o contra as medidas de austeridade em vota��o no parlamento espanhol (foto: REUTERS/Susana Vera)
Aos gritos de "N�o nos representam!", uma multid�o convocada pelo movimento dos "Indignados" protestava nesta ter�a-feira em frente ao Parlamento espanhol, onde os deputados debatem o or�amento de 2013, que ser� marcado por novas medidas de austeridade para reduzir o d�ficit p�blico.
Contidos por barreiras policiais que os impediam de se aproximar da C�mara dos Deputados, mais de mil manifestantes se reuniram atr�s uma grande faixa que pedia "Ren�ncia".
Esta manifesta��o convocada pelos "Indignados" com o tema "Cercar o Congresso", tem como objetivo fazer uma corrente humana em torno da sede da C�mara baixa.
Uma tentativa deste tipo em 25 de setembro havia causado confrontos violentos entre a pol�cia e manifestantes, que deixaram 64 feridos e 35 detidos.
Com 39 bilh�es de euros em ajustes a fazer, o or�amento para o pr�ximo ano � projetado em cima da "d�vida privada, que o povo espanhol n�o tem que pagar, enquanto cortam gastos em sa�de e educa��o, prejudicando os mais vulner�veis", denunciou Noela Urdiales, educadora de 34 anos.
Determinado a reduzir o d�ficit do pa�s a menos de 3% do PIB em 2014, o governo conservador de Mariano Rajoy estipulou medidas de ajuste de 150 bilh�es de euros entre 2012 e 2014, que incluem redu��es de sal�rios de funcion�rios do governo, aumentos de impostos e cortes em setores p�blicos como a sa�de ou a educa��o em um pa�s asfixiado pela recess�o e onde um trabalhador em cada quatro n�o tem emprego.
"O sentimento compartilhado pelas pessoas nas ruas � que eles n�o nos respeitam", acrescentou essa manifestante.
Ao lado de Urdiales, dezenas de pessoas sentaram no ch�o para discutir em uma "assembleia popular" as propostas pol�ticas que querem apresentar aos legisladores, enquanto esperam a hora de cercar o Parlamento.
"Crise? Roubo!", estava escrito nos cartazes dos manifestantes.
Os manifestantes afixaram pequenos cartazes �s barreiras erguidas pela pol�cia com frases como "O governo pede paci�ncia, n�s gritamos desobedi�ncia" ou "Um euro em cada quatro para pagar uma d�vida ileg�tima".
"A Espanha est� sofrendo com uma corrup��o brutal", declarou Rafael Martinez, 48 anos.
"A mesma hierarquia de quando Franco viveu continua a governar", afirmou Martinez, referindo-se ao Partido Popular de Mariano Rajoy.
"Tudo est� sujeito aos bancos internacionais. Est�o tirando os direitos das pessoas", criticou.