O metr� de Nova York retomou parcialmente seu funcionamento nesta quinta-feira, trazendo um pouco de al�vio � cidade onde 40 pessoas morreram na passagem da supertempestade Sandy e milhares de lares sofrem a agonia de permanecer tr�s dias sem eletricidade.
E um novo problema atinge a popula��o nova-iorquina: a escassez de gasolina na regi�o, principalmente na vizinha Nova Jersey, duramente atingida pela passagem do furac�o depois transformado numa supertempestade.
Deste modo, sobe para 85 o n�mero de mortos nos 15 estados da Uni�o afetados pela supertempestade, de acordo com uma contagem ainda n�o oficial.
Se forem somadas as 67 v�timas fatais de Sandy no Caribe e os dois mortos no Canad�, o saldo chega a 154 mortos.
Segundo a empresa Eqecat, especializada na avalia��o de cat�strofes, o preju�zo deixado por Sandy por chegar a 50 bilh�es de d�lares, o dobro do estimado inicialmente.
Em Nova York e Nova Jersey, o fim da inunda��o revela a grande destrui��o provocada por Sandy, cujo preju�zo pode superar o deixado pelo furac�o Katrina, que destruiu Nova Orleans em 2005.
A maioria das mortes em Nova York foi causada por quedas de �rvores ou por descargas el�tricas devido aos cabos derrubados, assim como pelas inunda��es s�bitas causadas pelas fortes chuvas.
Depois dos �nibus, dos trens e dos aeroportos, o metr� nova-iorquino - que � utilizado diariamente por 5,3 milh�es de pessoas - retomou seu servi�o, ainda que de maneira muito limitada.
Somente algumas linhas est�o em funcionamento, e nenhuma delas no sul de Manhattan, �rea mais afetada. A prefeitura decidiu que o metr� ser� gratuito na quinta e na sexta-fra, e depois o servi�o deve voltar a funcionar normalmente.
Para reduzir o volume gigantesco de ve�culos registrado na quarta-feira, a prefeitura imp�s a obriga��o de que os carros que circularem pelas pontes e t�neis do Brooklyn e Nova Jersey (leste) tenham ao menos tr�s pessoas.
Se o transporte p�blico parecia se recuperar, Nova York n�o conseguiu ainda resolver um problema igual ou mais angustiante: a falta de luz em 654.000 lares, dos quais 220.000 no sul de Manhattan.
Na maior parte dos casos, a aus�ncia de eletricidade vem acompanhada de falta de �gua e calefa��o, no momento em que a temperatura come�a a cair.
Elevadores que n�o funcionam, lojas, restaurantes e lavanderias fechadas: a vida di�ria est� se tornando desesperadora para milhares de nova-iorquinos.
Um porta-voz da companhia Con Edison, Alfonso Quiros, indicou que boa parte do sul de Manhattan s� voltar� a ter luz no s�bado.
Cerca de 6.000 pessoas permaneciam refugiadas nos 76 centros abertos pela prefeitura em escola antes da chegada de Sandy.
A situa��o � t�o cr�tica que muitas associa��es e igrejas j� est�o distribuindo alimentos e roupas em pequenos postos e o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, anunciou que a cidade vai come�ar a distribuir um milh�o de refei��es e �gua nas �reas mais pobres.
Conseguir gasolina, novo pesadelo
Encontrar gasolina se converteu num pesadelo na regi�o, e longas filas de ve�culos se formam nos raros postos abertos no norte de Nova Jersey, constatou um jornalista da AFP.
Nesse estado, 1,8 milh�o de pessoas, ou seja, 25% da popula��o continuavam sem eletricidade.
O governador Chris Christie falou de danos incalcul�veis. As cidades com frente para o mar est�o irreconhec�veis e as tarefas de socorro prosseguiam, segundo a Guarda Nacional.
Na cidade de Hoboken (Nova Jersey), de frente para Manhattan, o espet�culo � desolador. A Guarda Nacional evacuou na v�spera centenas de pessoas presas em suas casas por causa das �guas.
Um iate invadiu o terminal do ferry e em v�rias ruas o asfalto cedeu.
Grandes hospitais como o da Universidade de Nova York, em Manhattan, o Coney Island (Brooklyn), e o Bellevue, o mais antigo dos Estados Unidos que sofreu danos estruturais, tamb�m teve problemas para retomar a atividade depois que a passagem da supertempestade os obrigou a transferir centenas de pacientes, muitos em estado cr�tico.
A gigante petroleira Shell confirmou nesta quinta-feira que Sandy provocou um vazamento de diesel no litoral de Nova York, sem especificar o volume, e indicou que foram iniciadas as tarefas de limpeza.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos, que supervisiona os trabalhos de limpeza, afirmou que a operadora da refinaria, Motiva, calculou em 1,2 bilh�o de litros derramados.
Um porta-voz da Guarda Costeira, Erik Swanson, assinalou que os trabalhos de limpeza s�o dificultados pela magnitude dos danos provocados pelo ent�o furac�o.
"O porto foi arrasado, o que complica as coisas. H� escombros nas via naveg�veis que dificultam a circula��o segura de nossos barcos", explicou.
A rede de televis�o NBC anunciou nesta quinta-feira que est� organizando um show em benef�cio das v�timas da supertempestade, com participa��es de estrelas como Bruce Springsteen e Billy Joel.