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Estado de Minas ELEI��O NOS EUA

O mundo ainda prefere Obama

Presidente chega �s urnas praticamente empatado com seu advers�rio, mas � o grande favorito no resto do mundo, inclusive na Am�rica Latina


postado em 06/11/2012 06:49 / atualizado em 06/11/2012 07:02

Democrata cumprimenta crianças e professores depois de discurso na Praça de São Pedro em Cartagena, Colômbia. Seu carisma pode ser um ponto decisivo nas eleições de hoje (foto: (Saul LOEB/AFP))
Democrata cumprimenta crian�as e professores depois de discurso na Pra�a de S�o Pedro em Cartagena, Col�mbia. Seu carisma pode ser um ponto decisivo nas elei��es de hoje (foto: (Saul LOEB/AFP))

Bras�lia – Extremamente acirrada nos Estados Unidos, a corrida � Casa Branca este ano seria facilmente decidida se eleitores de outros pa�ses pudessem votar. Pesquisas de inten��o de voto realizadas for a dos Estados Unidos por diferentes institutos mostraram, nos �ltimos meses, que o presidente Barack Obama conquistaria a reelei��o com folga, apesar do apoio �s suas pol�ticas ter ca�do durante seu governo. Mesmo com cr�ticas, cidad�os de outras na��es, inclusive do Brasil, preferem ele a seu rival Mitt Romney no comando da pot�ncia mundial. A menor aprova��o a Obama est� no mundo �rabe. Mas, mesmo assim, seus cidad�os preferem ele do que seu rival Romney, visto muitas vezes como herdeiro do controverso George W. Bush.

Sondagens conduzidas entre abril e setembro mostraram que Obama seria o vencedor se a vota��o fosse global. A pesquisa realizada em 32 pa�ses pelo Ibope Intelig�ncia, em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (Win), trouxe o presidente democrata com 81% do apoio dos entrevistados – 26.014 – contra 19% do republicano. Um n�mero dos sonhos para o l�der, considerando que ele chega ao dia de vota��o, hoje, em empate t�cnico com seu rival. O maior porcentual de inten��o de voto a Obama, nessa pesquisa, foi o da Isl�ndia – 98% -, seguido por Holanda, Portugal e Alemanha, todos de 97%. A superioridade de Romney aparece em Israel, onde ele tem 65% das inten��es de voto.

No universo de entrevistados do Ibope Intelig�ncia, 62% disseram que a escolha do presidente dos EUA tem alto impacto em seu pa�s e 42% opinaram que deveriam ter o direito de votar no pleito norte-americano. O desejo de participar desse processo � maior entre pessoas com menos de 30 anos (43%) e residentes da China, do Qu�nia e da �ndia. J� a popula��o com mais de 65% (23%), origin�rios do Jap�o, da Coreia do Sul e de Hong Kong, demonstraram menor interesse.

Outra consulta, do Pew Research Center, que ouviu 26 mil pessoas em 20 pa�ses, mostrou que em 11 deles Obama conquistaria as elei��es de 2012. O apoio � reelei��o, segundo o Pew, � especialmente alto na Europa, no Jap�o e no Brasil, onde a imagem do presidente se "mant�m positiva", em geral. Na Fran�a, 92% dos entrevistados disseram acreditar que o democrata merece mais quatro anos na Casa Branca, o maior �ndice da pesquisa. Em segundo lugar, os maiores entusiastas do segundo mandato foram os alem�es, com um apoio de 89% dos entrevistados.

Especialmente na Europa, segundo uma pesquisa da Funda��o German Marshall (GMF), institui��o americana de promo��o das rela��es transatl�nticas, Barack Obama mant�m alta popularidade e seria reeleito com facilidade. A sondagem Tend�ncias Transatl�nticas 2012, conduzida pela institui��o com cerca de 15 mil pessoas em 13 pa�ses do continente, mostrou que se pudesse votar, a popula��o da Uni�o Europeia reelegeria o democrata com 75% dos votos contra 8% de Romney.

Para o soci�logo e analista internacional Dem�trio Magnoli, em geral, a maioria dos governos prefere Obama no comando da Casa Branca. Na sua avalia��o, isso se explica por um temor, caso Romney ven�a, de um retorno aos princ�pios de uma pol�tica internacional unilateral existente durante o governo George W. Bush. "Tamb�m do ponto de vista das popula��es pelo mundo, essa � uma diferen�a muito importante entre os dois (Obama e Bush)", afirmou Magnoli. Segundo o analista, o democrata conseguiu promover uma retra��o, adaptando os EUA a um cen�rio "muito menos hegemonista e mais multipolar" do que se configurava h� uma d�cada. "Isso ajuda a entender essa popularidade muito maior dele do que a de Romney fora dos EUA."

Os receios de uma conduta muito mais pr�-Israel e permeada de desconfian�as do republicano explicam a predile��o por Obama nos pa�ses �rabes e do Oriente M�dio, segundo o diretor do Centro Al-Ahram de Estudos Pol�ticos e Estrat�gicos do Cairo (Egito), Gamal Abdel Gawad Soltan. "Romney teria uma pol�tica muito mais distante para os pa�ses em transi��o e suas ambi��es democr�ticas. Ele j� demonstrou d�vidas com rela��o � Irmandade Mu�ulmana e outras entidades e fez declara��es dizendo que reconsideraria a ajuda aos pa�ses da regi�o, especialmente ao Egito", ponderou o analista. Soltan n�o esconde, por�m, a decep��o do mundo mu�ulmano com Obama.

� nesse universo onde o presidente mais perdeu apoio ao longo de seu mandato. A pesquisa do Pew Research Center afirmou que cerca de metade de seus entrevistados no Egito, na Jord�nia, no L�bano e no Paquist�o disseram que Obama n�o deveria ser eleito novamente, apesar do respaldo na Tun�sia e na Turquia. Para Gamal, isso se explica pela alta expectativa que se criou com a primeira elei��o do democrata, em 2008, e as promessas n�o cumpridas nesses quatro anos. "Ele sinalizou para v�rias iniciativas, inclusive no sentido de intermediar o processo de paz entre israelenses e palestinos, que se perderam ao longo de seu primeiro mandato. As esperan�as se dissiparam e ele n�o foi capaz de entregar as promessas feitas", lamentou, refor�ando que, mesmo assim, o democrata continua como a melhor op��o.


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