Confrontos entre policiais e manifestantes foram registrados nesta quarta-feira na Espanha e na It�lia durante o Dia Europeu contra a austeridade, marcado por greves e protestos em resposta ao desemprego, � inseguran�a no trabalho e aos cortes.
Em Madri, a pol�cia dispersou com cassetetes e balas de borracha centenas de manifestantes, durante uma greve geral convocada pelos sindicatos espanh�is sob o slogan: "Eles nos privam do nosso futuro, existem culpados, existem solu��es".
Na It�lia, um policial ficou gravemente ferido em Turim, enquanto outros cinco sofreram ferimentos em manifesta��es em Mil�o.
Uma paralisa��o de quatro horas foi observada neste pa�s, assim como na Gr�cia. Portugal tamb�m viveu uma greve geral, enquanto protestos foram convocados em v�rios outros pa�ses, incluindo Fran�a e Alemanha.
"Esta primeira greve Ib�rica" � "um forte sinal da insatisfa��o e um aviso �s autoridades europeias", declarou Arm�nio Carlos, secret�rio-geral da CGTP, o maior sindicato de Portugal.
A Espanha, quarta maior economia da Eurozona, sufocada pelo desemprego que afeta um quarto dos trabalhadores, realizou a segunda greve geral desde a chegada ao poder, h� quase um ano, do governo conservador de Mariano Rajoy.
"N�s estamos em greve contra a reforma do trabalho, contra os cortes or�ament�rios em tudo, na educa��o, na justi�a, contra o aumento dos impostos. Porque n�s estamos prestes a perder tudo o que conquistamos gra�as a muito trabalho e esfor�o", resumiu Rocio Blanco, um grevista de 48 anos em Madri.
Desde a �ltima greve de 29 de mar�o, s�o comuns manifesta��es contra a pol�tica de austeridade realizada pelo governo, que prev� 150 bilh�es de euros de economias at� 2014 e atinge fortemente os mais pobres.
O impacto do movimento, contudo, foi limitado pelo servi�o m�nimo habitual na Espanha.
A mobiliza��o deve ser mais vis�vel no final do dia, com duas manifesta��es convocadas em Madri, uma pelos sindicatos e outra pelo movimento dos indignados, prova da exaspera��o diante da pobreza crescente, dos despejos de moradores endividados e dos bilh�es entregues em ajuda aos bancos.
Portugal, por sua vez, registrou lentid�o nos servi�os de trens e metr�s neste dia de protesto contra as medidas de austeridade do governo de centro-direita.
"Fora a troica", gritavam os manifestantes, em refer�ncia aos credores de Portugal, que avaliam atualmente as medidas de austeridade implementadas pelo governo em troca de uma ajuda internacional de 78 bilh�es de euros acordada em maio de 2011.
Na It�lia, uma greve de quatro horas foi convocada pela principal confedera��o sindical, a CGIL, com manifesta��es em Roma e Turim.
� nesta cidade no norte que os confrontos foram mais violentos, com um policial espancado, tendo seu capacete e bra�o quebrados.
"A Europa acorda hoje, de Roma a Madri e Atenas", gritava Mario Nobile, um estudante italiano de 23 anos.
Enquanto o crescimento na Eurozona deve permanecer em ponto morto (+0,1%) em 2013, segundo a Comiss�o Europeia, o Fundo Monet�rio Internacional advertiu recentemente que as pol�ticas de austeridade correm o risco de se tornar "politicamente e socialmente insustent�veis".