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Estado de Minas

Erros de Cristina Kirchner s�o mal usados por rivais


postado em 25/11/2012 09:38

A presidente Cristina Kirchner, reeleita com 54% dos votos em outubro passado, sofreu uma queda abrupta de sua popularidade desde o in�cio do ano, amargando uma aprova��o de 30% atualmente. No entanto, apesar de todo o panorama desfavor�vel para a presidente e o partido do governo, o Justicialista (Peronista), os l�deres da oposi��o na Argentina n�o conseguiram capitalizar nenhuma das falhas de Cristina e sua crescente impopularidade.

Nos �ltimos 11 meses, seu governo foi abalado pelo surgimento de uma s�rie de esc�ndalos de corrup��o, a capital do pa�s enfrentou apag�es, a infla��o - que j� estava em escalada - entrou em disparada, a pobreza voltou a crescer, com um leve aumento do desemprego.

Cristina foi alvo de dois grandes panela�os em menos de dois meses, al�m de sofrer a primeira greve geral da �ltima d�cada na Argentina, protagonizada pelos sindicatos que romperam com seu governo. O cen�rio, negativo para a presidente, levou os pr�prios integrantes da ala denominada "ultra-kirchnerista", a suspender a campanha para uma reforma da Carta Magna, de forma a permitir reelei��es indefinidas para a presidente Cristina.

As pesquisas que indicam a queda de popularidade de Cristina tamb�m mostram que as imagens dos representantes da oposi��o permanecem estancadas. Em alguns casos, tamb�m tiveram quedas de popularidade. Os poucos representantes da oposi��o no comando de prov�ncias n�o exibem administra��es que sirvam de exemplo. � o caso do prefeito portenho, Maur�cio Macri, do Proposta Republicana, cuja administra��o vive mergulhada em problemas.

A oposi��o conseguiu sua primeira grande vit�ria contra o kirchnerismo nas elei��es parlamentares de 2009, quando o governo obteve somente 30% dos votos em todo o pa�s. Na �poca especulava-se sobre uma grande coaliz�o opositora para derrotar o casal Kirchner nas elei��es de 2011. No entanto, os principais partidos - a Uni�o C�vica Radical (UCR), a Coaliz�o C�vica, o Proposta Republicana (PRO), o peronismo dissidente, o Partido Socialista e o Projeto Sul - n�o conseguiram formar coaliz�o.

Contra-ataque. A oposi��o perdeu as elei��es presidenciais de 2011 de forma clara. Cristina arrebatou 54% dos votos v�lidos, enquanto que o candidato da oposi��o mais votado, Hermes Binner, obteve 16%. Apesar da queda da popularidade da presidente pouco tempo ap�s sua posse, dispers�o da oposi��o continuou.

Segundo Bosoer, a pol�tica argentina "n�o funciona como uma gangorra... n�o � que a queda de Cristina nas pesquisas far� a oposi��o subir". Os panela�os dos dias 8 de setembro e 13 de novembro foram o sinal mais evidente de que a oposi��o n�o conseguiu capitalizar um fen�meno que n�o havia criado. As mobiliza��es foram heterog�neas, indo desde a exig�ncia de medidas contra a infla��o � investiga��o dos casos de corrup��o, passando por pedidos de respeito � liberdade de express�o.

Embora as manifesta��es estivessem direcionadas primordialmente contra Cristina, os integrantes do panela�o tamb�m protestaram contra a oposi��o. "N�o h� l�deres pol�ticos da oposi��o de peso. Os panela�os evidenciaram que h� uma coaliz�o social dispon�vel para conformar um polo opositor. Mas a oposi��o tem reflexos para assumir essa lideran�a", sustenta Bosoer.

"O peronismo ocupa todo o tabuleiro pol�tico atualmente. Desta forma, a 'oposi��o' que teria expectativa de chegar ao governo � composta por outros peronistas. Isso � como um carrossel de crian�as. Quem est� no carrossel s�o os peronistas. E quem est� embaixo, olhando o carrossel girar, s�o os partidos de oposi��o, com poucas chances de subir", diz Bosoer.

Bosoer afirma que a altern�ncia do poder somente ficar� clara quando se defina o panorama sobre a sucess�o de Cristina: "se ela poder� ou n�o ser candidata � uma nova reelei��o � o fator que definir� tudo. Somente nesse momento � que as eventuais coaliz�es da oposi��o come�ar�o a ser definidas. Mas, enquanto isso n�o aconte�a, tudo ficar� em stand-by".


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