Os brit�nicos despertaram neste s�bado impactados e tristes com a morte da enfermeira do hospital - onde a duquesa de Cambridge esteve hospitalizada -, depois de ser v�tima de uma 'pegadinha' de uma r�dio australiana que acabou provocando o primeiro esc�ndalo no "conto de fadas" de William, Kate e do beb� que esperam.
Segundo a pol�cia, que espera os resultados da necropsia, at� a pr�xima semana n�o ser�o divulgadas as causas da morte da enfermeira, que, segundo noticiou a imprensa ap�s seu falecimento na sexta-feira, se tratou de um suic�dio.
Todos os jornais brit�nicos, com exce��o do Financial Times, destacam na primeira p�gina sua morte, e as redes sociais fervem com cr�ticas aos autores do trote telef�nico.
Segundo o Times, Jacintha Saldanha tinha 46 anos e era m�e de dois filhos, adolescentes.
Segundo o jornal, ela foi encontrada nas depend�ncias reservadas �s enfermeiras no hospital. A enfermeira, origin�ria da regi�o de Mangalore, na �ndia, vivia em Bristol com sua fam�lia desde 2003.
Na ter�a-feira recebeu �s 05h50 locais um telefonema de dois dos apresentadores da r�dio australiana 2Day FM, que se fizeram passar pela Rainha e pelo pr�ncipe Charles para perguntar pelo estado de Kate, que, desde a v�spera, estava internada por fortes n�useas provocadas por sua gravidez.
A enfermeira, que caiu na pegadinha, passou a chamada a uma colega do servi�o onde a esposa do pr�ncipe William estava internada, e este forneceu not�cias da paciente aos falsos nobres.
O Daily Telegraph lembra que a r�dio australiana, que decidiu suspender at� nova ordem os dois apresentadores, continuava reproduzindo a pegadinha v�rias horas ap�s a morte de Saldanha.
Tamb�m acrescenta que a r�dio 2Day FM foi colocada sob vigil�ncia por cinco dias. N�o � a primeira vez que est� na mira do organismo de controle australiano por "viola��es graves" das regras. A r�dio declarou neste s�bado que n�o fez "nada ilegal".
O Daily Mirror destaca na primeira p�gina o "sofrimento de Kate ap�s o suic�dio da enfermeira enganada", assim como o resto dos tabl�ides, que insistem particularmente no impacto da not�cia na esposa gr�vida do pr�ncipe William.
O correspondente real do Mirror chega a temer que o beb� real "se veja associado por toda a sua vida a este espantoso acontecimento".
"Se Kate precisar voltar ao hospital King Edward VII, onde � bastante prov�vel que d� � luz, esta lembran�a a perseguir�", afirma.
O tabl�ide tamb�m cita um antigo guarda-costas da princesa Diana, m�e de William, que lembra que sempre houve um protocolo para evitar este tipo de coisas, embora neste caso aparentemente nada tenha sido explicado aos funcion�rios do hospital.
J� o The Independent convida seus leitores a tomarem a dist�ncia necess�ria para que "esta trag�dia n�o seja utilizada como uma desculpa para denunciar a imprensa".
"As pessoas fazem brincadeiras todo o tempo. �s vezes se voltam conta elas. Em outras, as consequ�ncia s�o desproporcionais", escreve o redator-chefe Chris Blackhurst antes de acrescentar que "n�o pode desculpar" os apresentadores australianos, embora "seja preciso se distanciar um pouco desta trag�dia".
Esta intrus�o na vida particular de William e Kate, embora neste caso n�o se trate de paparazzis em busca de uma exclusiva, ocorre ap�s o esc�ndalo pela publica��o neste ver�o em uma revista francesa de fotos tiradas da jovem quando tomava sol de topless em uma propriedade particular.
Este novo esc�ndalo midi�tico, protagonizado, como da �ltima vez, por um meio de comunica��o estrangeiro, s� vai contribuir para a reserva do pr�ncipe William, traumatizado pela forma como sua m�e, que viveu perseguida pelos paparazzi, faleceu.
Quanto � imprensa brit�nica, no olho do furac�o ap�s o esc�ndalo das escutas telef�nicas e de um relat�rio que pede a cria��o de uma comiss�o de controle da imprensa, decidiu apresentar em sua maioria o casal real como uma v�tima de seus colegas estrangeiros.