Um ataque a�reo matou pelo menos 90 pessoas em Halfaya, na prov�ncia de Hama, Regi�o Central da S�ria, segundo informa��es do Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH) e outros militantes opositores do regime de Bashar al-Assad. O alvo, de acordo com os ativistas, teria sido uma padaria pr�xima do local atingido pelo bombardeio. Integrantes da organiza��o creditam o ataque �s for�as do governo. A a��o aconteceu no dia em que o emiss�rio da ONU e da Liga �rabe, Lakhdar Brahimi, entrou no pa�s, via L�bano, para uma visita surpresa. O diplomata deve tentar, mais uma vez, construir um acordo efetivo para o in�cio da pacifica��o do pa�s, que enfrenta uma revolta armada desde mar�o de 2011, que j� custou a vida de mais de 44 mil pessoas.
As v�timas do ataque em Halfaya estavam � espera de p�o, segundo o OSDH. Militantes dos Comit�s de Coordena��o Locais (CCL), que tamb�m se op�em a Al-Assad, disseram que o massacre "cometido pelas for�as do regime provocou dezenas de mortes, incluindo mulheres e crian�as, e deixou dezenas de feridos, ap�s bombas serem direcionadas � padaria da cidade".
Membros dos CCL explicaram que Halfaya enfrenta uma verdadeira crise humanit�ria, com falta de p�o, provocada pelos ataques das tropas do governo, e que as v�timas se reuniam em frente � padaria no momento do bombardeio, depois de v�rios dias sem o alimento. Den�ncias de ataques a locais de distribui��o de alimentos s�o comuns no conflito s�rio. Em 30 de agosto, a organiza��o Human Rights Watch acusou as tropas do regime de lan�arem bombas em pelo menos 10 padarias, num per�odo de tr�s semanas, em Aleppo, no Norte do pa�s.
A quest�o da seguran�a na S�ria � uma das prioridades da ONU e da Liga �rabe. As visitas do emiss�rio das duas institui��es, Lakhdar Brahimi, t�m sido frequentes ao pa�s. Ontem, ele entrou an�nimo pela fronteira com o L�bano. Segundo a ag�ncia de not�cias France-Press, o ministro s�rio concedeu entrevista coletiva em que negou saber da presen�a de Brahimi em territ�rio nacional. Em sua �ltima visita, de 19 a 24 de outubro, o emiss�rio negociou um cessar-fogo para a festa mu�ulmana do Eid al-Adha no final daquele m�s. A tr�gua nunca foi respeitada.