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Estado de Minas

Mortos no conflito da S�ria passam de 60 mil

Na��es Unidas elaboram lista de v�timas enquanto regime intensifica bombardeios e atinge posto de gasolina lotado


postado em 03/01/2013 00:12 / atualizado em 03/01/2013 07:14

Dois relat�rios sobre o conflito na S�ria divulgado por ag�ncias da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) d�o a dimens�o real da trag�dia vivida pela popula��o civil do pa�s nos �ltimos 21 meses. A alta comiss�ria de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, citando um "exaustivo" estudo do �rg�o, informou que mais de 60 mil pessoas j� foram mortas no per�odo. Os pesquisadores se debru�aram sobre dados de sete fontes para elaborar uma lista de 59.648 indiv�duos mortos entre 15 de mar�o de 2011 e 30 de novembro de 2012. "Dado que n�o houve tr�gua no conflito desde o fim de novembro, n�s podemos supor que mais de 60 mil pessoas foram mortas at� o in�cio de 2013", disse Pillay. "O n�mero de v�timas � muito maior do que esper�vamos, e � realmente chocante."

O balan�o das Na��es Unidas � muito superior ao do Observat�rio S�rio de Direitos Humanos (OSDH), uma organiza��o n�o governamental ligada � oposi��o, que acredita que a guerra civil na S�ria deixou mais de 46 mil mortos. Mas o registro do OSDH n�o inclui os milhares de pessoas desaparecidas nas pris�es do governo, nem a maioria das mortes entre os shabbihas, milicianos ligados ao governo de Bashar al-Assad e os combatentes estrangeiros. O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, diz que nem o regime e nem a oposi��o divulga as baixas em suas fileiras para evitar um golpe moral e estima que o n�mero possa ultrapassar os 100 mil. Segundo um balan�o provis�rio do OSDH, 59 pessoas morreram ontem.

O Alto Comissariado das Na��es Unidas para os Refugiados (Acnur) informou ontem que 84 mil pessoas fugiram da escalada da guerra civil na S�ria apenas em dezembro, o que elevou o n�mero de refugiados registrados a 478 mil at� 1º de janeiro deste ano. O �rg�o relatou que, se contadas as pessoas que aguardam registro como refugiadas, o n�mero de pessoas que deixou a S�ria desde mar�o de 2011 atinge 569 mil. Em apenas um m�s, o n�mero de refugiados registrados subiu de 394 mil a 478 mil. Turquia, L�bano, Iraque, Jord�nia s�o os principais destinos dos refugiados.

REPRESS�O A S�ria foi mergulhada em uma guerra civil ap�s a repress�o pelo regime de uma contesta��o popular, que se militarizou. Os combates entre soldados regulares e desertores, apoiados por civis que pegaram em armas e tamb�m jihadistas do exterior, n�o tiveram tr�gua desde ent�o.

Os combates continuam intensos em v�rias regi�es do pa�s e um ataque a�reo a um posto de combust�vel a sudeste de Damasco matou dezenas de pessoas, entre civis e rebeldes. "Contei pelo menos 30 corpos. Estavam queimados ou dilacerados", disse Abu Saeed, ativista que chegou ao local do ataque, em Muliha, uma hora ap�s o bombardeio, �s 13h (9h de Bras�lia). Outro ativista, Abu Fouad, disse que os avi�es bombardearam o local no momento em que chegava um carregamento de combust�vel, quando o posto estava lotado. No entanto, o Comit� de Coordena��o Local informou posteriormente que o n�mero de vitimas chega a 50.

Um v�deo postado na internet por ativistas mostra pessoas em p�nico, correndo entre as chamas a procura de sobreviventes. Em outras imagens, um homem grita com um corpo em seus bra�os, com a cabe�a e parte do tronco ensanguentado. Outro corpo, de um outro homem em chamas em um ciclomotor, aparece sob o olhar dos transeuntes chocados cercado por ve�culos em chamas, peda�os de metal retorcido e po�as de sangue. Em outro bombardeio na mesma regi�o, pelo menos 12 membros de uma mesma fam�lia, a maioria crian�as, foram mortos na explos�o, de acordo com o OSDH.

Na regi�o de Aleppo, maior cidade do pa�s e um dos maiores focos da rebeli�o, rebeldes s�rios e grupos isl�micos radicais tentam se aproximar de uma base a�rea militar. Os combatentes dispararam tiros de metralhadora e morteiros contra helic�pteros parados no aeroporto militar Afis perto de Taftanaz.

Insurgentes que tentam derrubar o regime veem o poder a�reo das for�as do governo como a principal amea�a. Eles det�m faixas das prov�ncias no Leste e no Norte, al�m de um crescente de sub�rbios ao redor da capital Damasco, mas v�m sendo incapazes de proteger o territ�rio rebelde de ataques implac�veis de helic�pteros e ca�as. Depois de enfrentar resist�ncia nas opera��es de infantaria e deslocamentos por terra, as for�as de Al-Assad est�o dando prioridade aos bombardeios, que se intensificaram nas �ltimas semanas.


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