Os soldados franceses viveram que pela primeira vez situa��es de combate terrestre no territ�rio malinense nesta quarta-feira em Diabali, no mesmo dia em que islamitas dizendo-se ligados � Al-Qaeda atacaram instala��es da petroleira BP na Arg�lia em resposta �s a��es da Fran�a.
"As for�as especiais francesas est�o em Diabali no momento, no corpo a corpo com os islamitas. O Ex�rcito malinense tamb�m se encontra no local", explicou uma fonte de seguran�a malinense. A informa��o foi confirmada por uma fonte de seguran�a regional.
Diabali, 400 km ao norte de Bamaco, foi tomada na segunda-feira pelos islamitas, comandados pelo argelino Abou Zeid, um dos chefes da Al-Qaeda no Magreb Isl�mico (Aqmi).
O local foi bombardeado diversas vezes na ter�a-feira pela for�a a�rea francesa, mas os islamitas n�o se retiraram totalmente e, de acordo com v�rios testemunhos, procuram usar a popula��o como escudo.
Nesta zona, "n�s temos os grupos mais duros, mais fan�ticos, os mais bem organizados, os mais determinados e mais bem armados", disse o ministro franc�s da Defesa, Jean-Yves Le Drian. "S�o cerca de 1.200, 1.300 terroristas, que dever�o receber refor�os amanh�", completou.
Mais de 800 soldados franceses j� est�o no Mali, e este n�mero dever� chegar a 2.500.
No entanto, na Arg�lia, jihadistas oriundos do Mali revidaram os ataques nesta quarta-feira.
O campo de g�s de In Am�nas, perto da fronteira com a L�bia, explorado pelos grupos brit�nico GP, noruegu�s Statoil e argelino Sonatrach, foi alvo de ataques de homens armados. O ataque deixou um funcion�rio estrangeiro morto e dois feridos, de acordo com o Minist�rio do Interior argelino, citado pela ag�ncia de not�cias APS.
"N�s somos membros da Al-Qaida e viemos do norte do Mali", afirmou um dos combatentes, por telefone, � AFP.
Ele disse seguir as ordens de Mokhtar Belmokhtar, um dos chefes hist�ricos da Al-Qaeda.
A fronteira malinesa se encontra a 1.200 km de In Amenas.
No Mali, a progress�o das tropas francesas em dire��o ao norte do pa�s constitui uma nova etapa na opera��o de Paris, ap�s os ataques a�reos em 11 de janeiro no centro e no norte do pa�s para impedir um avan�o dos islamitas em dire��o � capital Bamako (sul).
"At� o momento, n�s garantimos a seguran�a da cidade de Bamaco, da popula��o e dos cidad�os europeus com algumas for�as terrestres. Agora, as for�as terrestres est�o subindo em dire��o ao norte", declarou nesta quarta-feira � r�dio RTL Jean Le Drian.
"Destruir" os terroristas
Centenas de soldados malinenses e franceses deixaram a cidade de Niono, a 350 km ao norte de Bamaco, e chegaram a Diabali.
De acordo com testemunhas consultadas pela AFP em Bamaco, refor�os franceses chegaram nesta quarta-feira no local "com todo o material necess�rio" para expulsar os jihadistas.
Cerca de cem soldados franceses circulando em quinze blindados chegaram nesta quarta-feira a Markala, perto de Segou, 235 km a nordeste de Bamaco, para garantir a seguran�a de uma ponte sobre o rio N�ger e impedir o acesso dos jihadistas que est�o 80 km mais ao norte, constatou um jornalista da AFP.
Na zona de Konna (centro), 700 km a nordeste de Bamaco, os islamitas que tinham tomado a cidade em 10 de janeiro, desencadeando a interven��o francesa, ainda est�o no local, ao contr�rio do que afirmava o Ex�rcito malinense, de acordo com Le Drian.
"O que fazer com os terroristas? Destrui-los. Fazer prisioneiros? Se for poss�vel", declarou na ter�a-feira o presidente franc�s, Fran�ois Hollande, em Dubai.
Hollande afirmou, por�m, que a Fran�a n�o tem a "inten��o de ficar no Mali". Uma for�a militar da �frica Ocidental de 3.300 homens dever� tomar as r�deas da opera��o quando as tropas francesas se forem.
Os chefes de Estado da regi�o, reunidos em Bamaco, devem nesta quarta-feira "concluir os �ltimos acertos" desta for�a militar apoiada por uma resolu��o da ONU.
A Alemanha prometeu nesta quarta-feira fornecer dois avi�es de transporte e a It�lia se disse preparada para oferecer um apoio log�stico.