O ex�rcito do Mali, com o apoio das tropas francesas, voltou nesta sexta-feira a avan�ar, recuperando o controle da cidade de Konna (centro) das m�os de grupos extremistas islamitas que reivindicaram o sequestro coletivo realizado na Arg�lia.
Nesse pa�s vizinho, no campo de explora��o de g�s no Saara onde centenas de trabalhadores locais e dezenas de estrangeiros foram feitos ref�ns, o n�mero de v�timas ainda � incerto 24 horas ap�s o ataque lan�ado por Argel contra o comando islamita na quinta-feira.
A ag�ncia de not�cias argelina APS havia anunciado na noite de quinta-feira o fim da opera��o, mas, segundo Londres, "o incidente terrorista na Arg�lia ainda est� em curso".
Os sequestradores, que aparentemente vieram da L�bia, afirmaram agir em repres�lia a interven��o francesa no Mali em um comunicado.
Esta opera��o abafou a situa��o no terreno no Mali, onde a Fran�a prossegue com seus ataques a�reos contra os grupos islamitas, acompanhados por incurs�es terrestres.
Mais de 1.400 soldados franceses j� est�o no pa�s, um n�mero que deve chegar a 2.500 homens, segundo Paris.
Nesta sexta-feira, o ex�rcito malinense afirmou ter reconquistado ontem "o controle total" de Konna (centro), uma localidade na estrada de Bamako, que caiu nas m�os dos combatentes isl�micos em 10 de dezembro, o que provocou a interven��o francesa no pa�s.
"N�s retomamos o controle total da localidade de Konna, ap�s infligir duras perdas ao inimigo", assegurou o ex�rcito em um breve comunicado.
A informa��o foi confirmada por uma fonte da seguran�a regional e por habitantes da regi�o contactados pela AFP, uma regi�o que continua inacess�vel aos observadores independentes.
Combates foram registrados na quarta-feira e na madrugada de quinta-feira.
Novos ataques franceses
Foram necess�rios novos ataques a�reos franceses na quinta para que os soldados malinenses conseguissem entrar na cidade, de acordo com uma fonte da seguran�a.
O ministro franc�s da Defesa, Jean-Yves Le Drian, havia reconhecido no dia 15 de janeiro que Konna, 700km ao nordeste de Bamako, n�o havia sido retomada pelo ex�rcito do Mali.
"O ex�rcito est� a cerca de 20 km de Konna, os islamitas n�o deixaram Konna, est�o na periferia" da localidade, explicou no dia 15 um habitante que fugiu da cidade.
"Ap�s os ataques, que tiveram como alvo principalmente a sa�da sul de Konna, o ex�rcito n�o entrou em Konna.Os islamitas fugiram para se esconder nos arredores. Mas eles retornam para se reabastecer com comida", havia acrescentado.
Um porta-voz do grupo extremista Ansar Dine (defensores do Isl�), Abul Habib Sidi Mohamed, chegou a afirmar na ter�a-feira que os jihadistas ainda controlavam Konna.
A queda de Konna durante uma ofensiva surpresa dos combatentes islamitas em 10 de janeiro, no momento em que os combates entre o ex�rcito malinese e os grupos jihadistas estavam paralisadas h� meses, provocou a interven��o da Fran�a, que temia um avan�o dos extremistas para Bamako (sul), primeiramente com ataques a�reos e, em seguida, com uma interven��o terrestre.
Em Bamako, os primeiros elementos da For�a de Interven��o da �frica Ocidental (Misma), que deve expulsar os grupos armados isl�micos que ocupam h� nove meses grande parte do Mali, uma centena de togoleses e nigerianos chegaram quinta-feira � noite em Bamako.
Cerca de 2.000 membros desta for�a, liderada pelo general nigeriano Shehu Abdulkadir, devem chegar ao Mali at� 26 de janeiro.
Oito pa�ses da �frica Ocidental - Nig�ria, Togo, Benin, Senegal, N�ger, Guin�, Gana e Burkina Faso - mais o Chade anunciaram sua contribui��o com a Misma. No total, ser�o 5.300 soldados do continente africano enviados ao Mali.
A Comunidade Econ�mica dos Estados da �frica Ocidental (Cedeao) se reunir� s�bado em Ajidjan para uma reuni�o extraordin�ria sobre o Mali. A Fran�a anunciou nesta sexta-feira que o ministro das Rela��es Exteriores, Laurent Fabius, que participar�.