Duas colunas de tropas francesas come�aram a avan�ar neste domingo para o norte de Mali, ocupado por combatentes islamitas, enquanto muitos pa�ses t�m respondido ao pedido de Paris e dos l�deres da �frica Ocidental por uma maior assist�ncia internacional.
"O envio para o norte das for�as da opera��o Serval, iniciada 24 horas atr�s, est� em andamento, em dire��o as cidades de Niono e Sevare, onde j� chegaram", declarou � AFP o tenente-coronel Emmanuel Dosseur, porta-voz militar franc�s em Bamako.
A Comunidade Econ�mica dos Estados da �frica Ocidental (CEDEAO) exortou s�bado � ONU a "fornecer imediatamente apoio log�stico e financeiro para a implanta��o de Misma" (Miss�o Internacional de Suporte ao Mali), ap�s uma reuni�o extraordin�ria em Abidjan.
Berlim, que j� anunciou o envio de dois avi�es de transporte, prometeu neste domingo uma assist�ncia adicional financeira aos pa�ses africanos envolvidos na opera��o militar no Mali, na reuni�o de doadores que ser� realizada em 29 de janeiro em Addis Abeba.
O ministro franc�s das Rela��es Exteriores, Laurent Fabius, afirmou que a R�ssia prop�s � Fran�a o transporte de tropas e equipamentos franceses no Mali, enquanto o Canad� ir� ajudar no transporte da for�a Africana no Mali.
Mas, enquanto a Fran�a afirma que seus soldados v�o permanecer no Mali "o tempo necess�rio at� que o terrorismo seja derrotado", Londres e Washington descartaram o envio de tropas para a regi�o, mesmo que tenham expressado sua determina��o em combater as atividades da Al-Qaeda no Magreb Isl�mico (AQMI).
Por sua parte, os Estados-Membros da CEDEAO foram convidados a fornecer, "sem mais delongas", as tropas prometidas � for�a que foi mandatada pela ONU para ajudar o Mali a recuperar o controle do norte do pa�s, ocupado h� mais de nove meses por grupos armados isl�micos que multiplicaram seus abusos.
Cerca de 2.000 membros da Misma devem chegar ao Mali at� 26 de janeiro. Mas apenas uma centena de soldados j� chegaram em Bamako.
"Nada de impunidade para os terroristas"
No terreno, os militares franceses intensificaram a sua a��o ao lado do ex�rcito malinense.
Niono (350 km a nordeste de Bamako) est� localizada a 60 km ao sul de Diabali, uma cidade tomada na segunda-feira pelos islamitas e abandonada na quinta-feira, de acordo com o ex�rcito do Mali, ap�s intenso bombardeio da avia��o francesa.
Sevare (630 km a nordeste de Bamako), que disp�e de um aeroporto, � uma cidade-chave onde as opera��es podem se expandir para o extremo norte do Mali, e est� a apenas 50 km de Konna, tomada na quinta-feira pelo ex�rcito do Mali das m�os dos jihadistas.
Konna foi invadida em 10 de janeiro, precipitando a interven��o da Fran�a, que temia o avan�o de grupos extremistas ligados � AQMI, que ocupam o norte do Mali.
Dois mil soldados franceses j� est�o no pa�s. Um n�mero que deve atingir 2.500, ou at� ultrapassar.
O ex�rcito malinense patrulhou a periferia de Diabali neste s�bado, aparentemente abandonada pelos combatentes isl�micos.
Diversas fontes relatam a retirada dos combatentes isl�micos do centro do pa�s para Kidal, no extremo nordeste (1.500 km de Bamako). Kidal foi a primeira cidade conquistada, em mar�o de 2012, pelos rebeldes tuaregues e os grupos islamitas, que derrubaram seus antigos aliados.
"Os jihadistas t�m deixado cada vez mais outras regi�es para se concentrarem em Kidal, que � uma regi�o montanhosa", indicou � AFP uma fonte malinense da seguran�a.
Uma observa��o compartilhada por um habitante da cidade de Douentza, 800 km da capital: "Eles est�o fugindo. Tudo indica que v�o buscar ref�gio na regi�o de Kidal, de dif�cil acesso".
Na Arg�lia, 25 pessoas, entre argelinos e estrangeiros, foram mortas durante o ataque seguido de sequestro em um campo de explora��o de g�s no Saara argelino, perto de In Amenas, 1.300 km a sudeste de Argel, de acordo com um balan�o oficial provis�rio, que poder� subir, de acordo com as autoridades.
Os sequestradores queriam negociar com a Fran�a o fim da guerra no Mali. Trinta e dois membros do grupo "Aqueles que assinam com sangue" foram mortos pelo ex�rcito da Arg�lia.
"Diante do terrorismo, devemos ser implac�veis", declarou Laurent Fabius � emissora de r�dio francesa Europe 1. "Eles s�o assassinos, roubam, estupram, saqueiam", acrescentou.
O ministro afirmou ainda que a Fran�a n�o tinha novidades "recentes" sobre os seus sete cidad�os que foram feitos ref�ns no Sahel por grupos isl�micos.