A chanceler alem� Angela Merkel reconheceu a "derrota dolorosa" de seu partido conservador CDU aliado aos liberais do FDP na elei��o regional realizada no domingo.
"Voc�s podem imaginar quais s�o os nossos sentimentos em rela��o a um tal acontecimento", declarou durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira em Berlim Merkel, que brigar� por um terceiro mandato � frente do governo.
Ao final de uma noite cheia de suspense na Baixa Sax�nia (norte), os sociais-democratas do SPD, aliados aos Verdes, superaram a coaliz�o dos conservadores (CDU) e liberais (FDP), a mesma que governa o pa�s em n�vel nacional.
"Uma derrota nessas condi��es � ainda mais dolorosa", acrescentou em refer�ncia � vit�ria com apenas um assento a mais que a oposi��o nesta regi�o.
Desde o in�cio de seu segundo mandato, em 2009, o partido da chanceler perdeu espa�o em quase todas as elei��es locais e acumulou grandes derrotas, principalmente nos grandes estados do oeste, como a Ren�nia do Norte-Westf�lia e Bade-Wurtemberg.
No domingo, o CDU registrou um recuo de mais de 6 pontos em rela��o � elei��o anterior, mesmo que grande parte desta perda se explique pelo apoio acordado pelos eleitores conservadores ao FDP, que aparecia quase morto nas pesquisas, a fim de ajud�-lo a superar a linha de 5% que permite eleger candidatos.
Os liberais, por sua vez, terminaram com seu melhor resultado na hist�ria, 9,9%, mas isso custou a vit�ria do CDU, considerou a imprensa.
"Hoje, estamos tristes por n�o ter funcionado", admitiu Merkel, que tentou minimizar o efeito dessa derrota nas elei��es legislativas de 22 de setembro.
"Ainda n�o estamos em campanha eleitoral (...) Temos uma s�rie de tarefas a cumprir, a situa��o econ�mica � fr�gil", explicou.
Seu porta-voz Steffen Seibert foi ainda mais categ�rico durante uma coletiva de imprensa nesta manh�. "Um ponto fundamental: ontem, moradores da Baixa Sax�nia votaram por seu parlamento regional, nada mais, nada menos", disse ele.
Ainda assim, a chanceler deve estar alerta, apesar de sua grande popularidade pessoal, que permite ao CDU se manter acima dos 40% das inten��es de voto em n�vel nacional, isso pode n�o se traduzir em votos, como foi "com David McAllister (o ministro-presidente da Baixa Sax�nia derrotado no domingo), que tamb�m era muito apreciado, mas que n�o foi capaz de vencer", considerou Niels Diederich, cientista pol�tico da Universidade Livre de Berlim.
A vit�ria na Baixa Sax�nia, reduto do �ltimo chanceler social-democrata, Gerhard Schr�der, deve trazer uma nova din�mica � campanha dos sociais-democratas (SPD) e do advers�rio de Angela Merkel, Peer Steinbr�ck.
Este �ltimo se distanciou nas sondagens, ap�s um in�cio de campanha desastroso, marcado por pol�micas, como suas palestras muito bem pagas, e gafes, como sobre o sal�rio de chanceler, que ele considerou "insuficiente".
"Ap�s as elei��es na Baixa Sax�nia, o SDP n�o est� t�o mal" em vista das legislativas, acrescenta Diederich. "A campanha ser� mais acirrada", profetizou o Der Spiegel.