Mais de vinte soldados e milicianos pr�-regime foram mortos e dezenas ficaram feridos em combates na cidade de Homs, no centro da S�ria, enquanto Moscou advertiu que o conflito corre o risco de se estender por muito tempo.
"Temos informa��es do hospital militar de Homs, segundo as quais at� 130 soldados e combatentes pr�-regime foram mortos ou feridos nos �ltimos tr�s dias", indicou nesta ter�a-feira o Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos(OSDH).
H� tr�s dias, a cidade de Homs, batizada de a "capital da revolu��o" pelos rebeldes, voltou a ser palco de violentos confrontos, principalmente nos bairros de Sultaniy� e Jobar, de acordo com militantes no terreno.
"O oeste de Homs � estrat�gico porque fica � beira da auto-estrada que liga Damasco ao litoral. � um ponto-chave de acesso ao com�rcio das armas que entram na S�ria pelo mar Mediterr�neo", explicou Abdel Rahmane.
Segundo especialistas, o regime reduziu suas ambi��es territoriais para se concentrar no eixo que passa por Damasco, ligando o sul da S�ria � regi�o alau�ta no noroeste.
Homs est� localizada neste eixo e �, segundo militantes, um ponto fundamental na linha de demarca��o entre regime e rebeldes, que se concentram no leste e norte do pa�s.
"O regime nunca atacou uma regi�o com tanta viol�ncia como tem feito em Homs", afirmou o militante Omar Chakir.
A revolta popular iniciada em mar�o de 2011 na S�ria se militarizou ante a repress�o do regime. No total, o conflito j� causou a morte de mais de 60.000 pessoas, segundo a ONU.
Esta guerra civil corre o risco de "se prolongar", considerou o vice-ministro russo das Rela��es Exteriores, Mikha�l Bogdanov, ressaltando que a vit�ria dos rebeldes est� longe de ser conquistada.
"No in�cio, alguns progn�sticos falavam de dois, tr�s, quatro meses, hoje (o conflito j� dura quase) dois anos. A situa��o pode evoluir de diversas maneiras. Acredito que o conflito corre o risco de se prolongar por muito tempo", afirmou.
O regime do presidente Bashar al-Assad enviou uma for�a paramilitar para apoiar o Ex�rcito, as For�as de Defesa nacionais, no dia seguinte a um apelo do chefe da Liga �rabe, Nabil Al-Arabi, por uma reuni�o de emerg�ncia do Conselho de Seguran�a da ONU para "adotar uma resolu��o por um cessar-fogo".
Arabi lamentou que "os contatos realizados pelo enviado internacional Lakhdar Brahimi n�o resultaram at� o momento em nenhum clar�o de esperan�a".
Por sua vez, Bogdanov indicou que a diplomacia russa quer avan�ar em seus contatos com a oposi��o s�ria.
No terreno, a artilharia e a avia��o continuam a bombardear a periferia da capital, enquanto combates s�o travados entre soldados e rebeldes na prov�ncia de Deraa (sul), segundo o OSDH.
Al�m disso, o governo da Jord�nia indicou nesta ter�a-feira que mais de 12.000 s�rios, em sua maioria mulheres e crian�as, se refugiaram nos �ltimos seis dias para escapar do conflito.
Segunda-feira, 178 pessoas morreram em meio � viol�ncia na S�ria.