A Coaliz�o Nacional s�ria fez um apelo nesta segunda-feira � comunidade internacional por apoio financeiro e armas durante uma reuni�o em Paris, enquanto violentos combates eram travados no sul de Damasco.
Enquanto o presidente Barack Obama admitiu hesitar sobre a quest�o de uma interven��o americana na S�ria, arrasada por 22 meses de conflito, a viol�ncia deixou nesta segunda mais de 60 mortos, principalmente no sub�rbio de Damasco, em meio a ataques a�reos e por terra, segundo um registro provis�rio de uma ONG s�ria.
O jornal liban�s Al-Akhbar, ligado a Damasco, citava nesta segunda "visitantes" do pal�cio presidencial, indicando declara��es de Assad segundo as quais "o Ex�rcito retomou amplamente a iniciativa (...) obtendo resultados importantes".
Os opositores reunidos em Paris com os representantes de cerca de cinquenta pa�ses denunciaram a falta de apoio da comunidade internacional, paralisada por suas divis�es em torno da quest�o s�ria.
"O povo s�rio trava atualmente uma guerra sem perd�o. O tempo n�o est� do nosso lado e o prosseguimento deste conflito levar� a um desastre para a regi�o e para o mundo", declarou Riad Seif, vice-presidente da coaliz�o, na abertura da reuni�o.
"N�s n�o queremos promessas que n�o ser�o cumpridas", acrescentou aos diplomatas e l�deres de 50 pa�ses.
"A S�ria precisa de bilh�es de d�lares. Mas precisamos de um m�nimo de 500 milh�es para criar um governo", exigido pela comunidade internacional, afirmou George Sabra, l�der do Conselho Nacional S�rio, principal componente da coaliz�o.
"Precisamos de armas, armas e armas", ressaltou, enquanto os ocidentais temem que tais armas caiam nas m�os de grupos jihadistas na S�ria.
Um embargo europeu sobre as armas para a S�ria deve ser revisto no final de fevereiro em Bruxelas, mas a remo��o parcial ou total do embargo precisa ser aprovada por unanimidade, lembrou um funcion�rio do Quai d'Orsay durante a confer�ncia.
"Diante do colapso de um Estado e da sociedade, s�o os grupos islamitas que podem ganhar terreno se n�o agirmos. N�s n�o devemos deixar uma revolta que come�ou como um protesto pac�fico e democr�tico degenerar em confrontos entre mil�cias", considerou o chanceler franc�s, Laurent Fabius.
"Esta confer�ncia tem um objetivo concreto: capacitar a Coaliz�o Nacional s�ria a agir", acrescentou. "Isso requer recursos financeiros, ajuda de todos os tipos. Promessas foram feitas, algumas foram cumpridas, mas n�o todas", acrescentou.
Na reuni�o dos Amigos do Povo S�rio em Marrakech, em 12 de dezembro, mais de uma centena de pa�ses �rabes e ocidentais reconheceram a Coaliz�o Nacional S�ria como a "representante leg�tima do povo s�rio". Um total de 145 bilh�es de d�lares foi prometido � organiza��o, mas a oposi��o luta para ganhar a confian�a internacional, que questiona sua representatividade e capacidade de organiza��o.
Intensos combates no sul de Damasco
No terreno, violentos combates eram travados entre soldados e rebeldes no sul de Damasco, assim como em Deir Ezzor (leste), enquanto a artilharia e a avia��o do regime atacavam a regi�o, segundo o Observat�rio S�rio dos Direitos Humanos (OSDH).
Os insurgentes tomaram postos do Ex�rcito e conseguiram armas e muni��es durante esses confrontos, indicou a ONG, que se baseia em uma ampla rede de militantes e m�dicos.
Mais de 60.000 pessoas morreram desde o in�cio da revolta contra o regime, em mar�o de 2011, segundo a ONU.
A R�ssia, aliada de Damasco, surpreendeu no domingo ao acusar o presidente Assad de ter cometido "um erro que pode ser fatal" por n�o ter realizado reformas pol�ticas.
John Ging, chefe de Opera��es da Ag�ncia das Na��es Unidas para a Coordena��o de Assuntos Humanit�rios (Ocha), ressaltou que a ONU ser� for�ada de reduzir as ra��es alimentares distribu�das aos s�rios se os doadores n�o se mostrarem mais generosos.