Tr�s semanas ap�s o in�cio da interven��o do Ex�rcito franc�s no Mali para expulsar grupos islamitas armados que ocupavam parte do territ�rio, o presidente franc�s, Fran�ois Hollande, visitar� o pa�s no s�bado, acompanhado por tr�s ministros.
A visita ocorre ap�s novas acusa��es de viola��es dos direitos humanos contra as partes envolvidas no conflito, no qual tropas francesas e malinenses reconquistaram recentemente tr�s importantes cidades do norte: Gao, Timbuktu e Kidal.
"O presidente da Rep�blica chegar� ao Mali no s�bado, 2 de fevereiro de 2013. Viajar� acompanhado de seus ministros das Rela��es Exteriores, Laurent Fabius, da Defesa, Jean-Yves Le Drian, e de Desenvolvimento, Pascal Canin", informou a presid�ncia francesa.
A interven��o militar francesa teve in�cio em 11 de janeiro, no dia seguinte a uma ofensiva de grupos islamitas armados ligados � Al-Qaeda que ocupavam o Norte do pa�s h� dez meses.
A campanha militar de reconquista acelerou no �ltimo fim de semana com a retomada de Gao e Timbuktu e a chegada ter�a-feira � noite de soldados franceses no aeroporto de Kidal, cidade controlada pelos rebeldes tuaregues e islamitas dissidentes que se dizem "moderados".
Esta ofensiva foi acompanhada por graves viola��es dos direitos humanos, particularmente da parte dos soldados malinenses e islamitas, segundo a Anistia Internacional.
O Ex�rcito do Mali prendeu e executou mais de vinte civis no norte do pa�s, de acordo com um relat�rio publicado nesta sexta-feira pela organiza��o, que exige uma investiga��o sobre um ataque a�reo que matou civis no centro do Mali no primeiro dia de interven��o francesa.
"� absolutamente imperativo que a Fran�a e o Mali abram uma investiga��o para determinar quem realizou este ataque" contra a cidade de Konna matando cinco civis, entre eles uma m�e e seus tr�s filhos, declarou um porta-voz da Anistia, Ga�tan Mootoo.
Segundo a ONG, militares franceses negaram qualquer ataque em Konna neste data.
A Anistia Internacional afirma ter recolhido testemunhos que indicam que no dia 10 de janeiro, v�spera do in�cio da interven��o, "o Ex�rcito malinense prendeu e executou sumariamente mais de vinte civis", principalmente na cidade de Sevare.
"As autoridades devem abrir uma investiga��o independente e imparcial sobre todos os casos de execu��o sum�ria pela for�as armadas, e suspender todos aqueles suspeitos de envolvimento em viola��es dos direitos humanos", considerou a ONG, que se preocupa com "desaparecimentos".
A Anistia, que realizou uma investiga��o de dez dias nas cidades de Segu, Sevare, Niono, Konna e Diabali, tamb�m relata "homic�dios arbitr�rios e deliberados" por parte dos grupos islamitas armados e denuncia o recrutamento de crian�as.
O diretor de comunica��o do Ex�rcito malinense, coronel Souleymane Ma�ga, desmentiu as acusa��es. "O Ex�rcito � uma for�a republicana que n�o comete viola��es", declarou.
Garantir a seguran�a
Com a reconquista das �ltimas cidades, agora � necess�rio garantir a seguran�a da popula��o. Em Gao e Timbuktu, que parecem ter voltado � normalidade, uma escola reabriu.
A situa��o � mais complicada em Kidal, que permaneceu por muito tempo nas m�os do grupo islamita Ansar Dine (Defensores do Isl�) e que passou, antes da chegada dos soldados franceses, pelo controle do Movimento Isl�mico do Azawad (MIA, dissidente do Ansar Dine) e do Movimento Nacional pela Liberta��o do Azawad (MNLA, rebeli�o tuaregue).
O MIA, que afirma rejeitar o "terrorismo" e defende o di�logo com Bamako, afirmou na quarta-feira ser contra o envio a Kidal, 1.500 km ao noroeste da capital, de soldados malinenses e africanos.
A cidade � o �ltimo ref�gio dos combatentes islamitas expulsos das cidades do norte.