O ministro das Rela��es Exteriores, Antonio Patriota, prepara-se para cobrar da comunidade internacional, em Nova York, nos Estados Unidos, a chamada “responsabilidade ao proteger”. Na pr�tica, significa exigir dos parceiros que garantam mecanismos de verifica��o sobre a execu��o de a��es de ajuda humanit�ria e seguran�a aos civis nos conflitos armados. A discuss�o faz parte de uma s�rie de debates a ser promovida pelo Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas no pr�ximo dia 12.
O Conselho de Seguran�a da ONU � formado por 15 pa�ses – cinco permanentes e dez rotativos, que se revezam a cada dois anos. O �rg�o � respons�vel pela defini��o de medidas de seguran�a para as regi�es em conflito. Os debates, na pr�xima semana, concentram-se em um tema �nico: a prote��o de civis em �reas de confronto armado.
Atualmente, a comunidade internacional est� preocupada com os conflitos no Mali (�frica), onde for�as de seguran�a do governo combatem os extremistas isl�micos com o apoio da Fran�a. A Guin�-Bissau vive em clima de tens�o e inseguran�a depois de um golpe de Estado. A S�ria, em mar�o, completa dois anos de confrontos armados devido � disputa pol�tica entre for�as internas.
H� ainda temas considerados constantes nas discuss�es internacionais, como o impasse envolvendo israelenses e palestinos, al�m do programa nuclear iraniano, que gera d�vidas sobre os fins n�o pac�ficos do projeto e provoca rea��es da comunidade internacional contra o governo, levando � ado��o de medidas restritivas.
Ao mencionar a chamada “responsabilidade ao proteger”, Patriota dever� reiterar que a preven��o � a melhor pol�tica e que a comunidade internacional deve se empenhar para aumentar os esfor�os, por meios pac�ficos, para combater as amea�as de viol�ncia. Repetidas vezes, o chanceler disse que o uso da for�a deve produzir o “m�nimo o poss�vel” de viol�ncia e de instabilidade.
Patriota ir� para os Estados Unidos direto da Venezuela, onde estar� neste s�bado (9). Nos Estados Unidos, ele faz tamb�m uma palestra na Harvard Kennedy School of Government, em Cambridge, no estado de Massachusetts. Em abril do ano passado, a presidenta Dilma Rousseff fez palestra no mesmo local, quando mencionou os avan�os econ�micos do Brasil e o respeito aos preceitos democr�ticos no pa�s.