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Estado de Minas

Ch�vez completa dois meses de aus�ncia em meio a incertezas


postado em 08/02/2013 18:46

O presidente Hugo Ch�vez completa no domingo dois meses de aus�ncia de Caracas, e apesar de n�o ter aparecido em p�blico desde sua quarta opera��o no tratamento de um c�ncer, o governo garante que ele se recupera e que permanece no comando, enquanto a Venezuela segue sem pistas sobre seu futuro pol�tico.

A �ltima informa��o sobre o estado de Ch�vez foi dada na noite de quinta-feira pelo chanceler El�as Jaua, ap�s uma visita ao governante em Havana: "O vice-presidente Nicol�s (Maduro), (a advogada) Cilia (Flores) e eu acabamos de ter um encontro profundamente humano e bonito com nosso Comandante Ch�vez. Est� na luta.....!!", escreveu no Twitter.

Altos funcion�rios do governo venezuelano, que t�m visitado com frequ�ncia Ch�vez, insistem que o dirigente, de 58 anos e reeleito no dia 7 de outubro, est� cada vez mais incorporado em suas fun��es de governo e que voltar� a Caracas "mais cedo ou mais tarde", segundo o vice-presidente. No entanto, o governo n�o informa quando Ch�vez dever� retornar, nem se poder� voltar a governar, enquanto a oposi��o, liderada por Henrique Capriles Radonski, cobra a sua apari��o p�blica.

"N�o ajuda em termos de opini�o p�blica o governo continuar prolongando essa circunst�ncia. Por um lado, diz que o presidente est� exercendo a chefia do Estado em plenas faculdades, mas por outro lado, n�o h� uma apari��o ou um comunicado pelo Twitter", explicou � AFP o cientista pol�tico John Magdaleno.

No domingo, Ch�vez tamb�m completa um m�s do in�cio de seu terceiro mandato, que n�o p�de assumir, e da manuten��o de seu governo com a confirma��o do Tribunal Superior de Justi�a (TSJ).

Magdaleno afirma que prolongar esta incerteza "p�e em quest�o" a decis�o do TSJ de aprovar o adiamento da posse de Ch�vez, sem determinar uma data, e a continuidade do governo, que mergulhou o pa�s em uma crise institucional sobre a interpreta��o da Constitui��o.

Maduro, nomeado por Ch�vez como seu herdeiro pol�tico caso de ficasse impossibilitado de governar e houvesse novas elei��es, foi durante este tempo o rosto mais vis�vel do governo. Maduro recebeu o apoio do presidente da Assembleia Nacional (AN) e n�mero dois do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, um ex-militar que participou com Ch�vez em um golpe de Estado fracassado em 1992.

Enquanto informavam as decis�es de governo assinadas por Ch�vez em Havana, Maduro e Cabello lan�aram uma virulenta ofensiva contra a oposi��o, com pedidos de deten��o contra dois deputados do partido Primeiro Justi�a (PJ), do l�der opositor Henrique Capriles, ex-candidato � presid�ncia derrotado por Ch�vez em outubro e governador reeleito em dezembro pelo populoso estado de Miranda.

"Isso indica que os membros do governo podem estar se preparando para um processo eleitoral e, por isso, utilizam a for�a bruta contra um partido chave como o PJ", explica Jos� Vicente Carrasquero, professor de Ci�ncias Pol�ticas da Universidade Sim�n Bol�var.

11 de dezembro

Desde que foi operado na capital cubana no dia 11 de dezembro, o dirigente n�o foi visto em p�blico nem mesmo em fotos. Ch�vez sempre costumava ser onipresente nos meios de comunica��o at� que a doen�a o afetou.

Nenhum dos presidentes latino-americanos que visitaram Havana desde sua opera��o disse que o viu.

A presidente argentina, ao deixar Havana no �ltimo dia 12 de janeiro, escreveu de forma enigm�tica no Twitter: "Em minutos partimos de Havana. At� sempre", frase que evoca a can��o "At� sempre, comandante", dedicada a Che Guevara quando partiu de Cuba em dire��o � Bol�via, onde foi assassinado.

O presidente uruguaio, o ex-guerrilheiro Jos� Mujica, disse aos seguidores de Ch�vez em um ato que reuniu uma multid�o em Caracas no dia 10 de janeiro: "Existe um homem que est� travando uma batalha pela vida, que est� no cora��o de voc�s, isso � o que tem sentido, mas se amanh� n�o estiver, uni�o, paz e trabalho".

Ch�vez sofreu uma grave infec��o pulmonar ap�s sua quarta cirurgia em raz�o do reaparecimento dos sintomas de c�ncer detectado em 2011, o que provocou rumores dentro e fora do pa�s, alguns deles que o davam por morto ou em coma. No final de janeiro, o jornal El Pa�s da Espanha publicou uma foto que falsamente indicava como sendo de Ch�vez. A imagem mostrava um paciente entubado e gerou como��o na Venezuela.

Economia

"O presidente pode ficar fora de seu cargo pelo visto at� que se recupere ou morra ,porque assim determinou o TSJ", considera Carrasquero.

Para ele, a incerteza "� insustent�vel" porque h� uma s�rie de medidas econ�micas "que devem ser tomadas e n�o est�o sendo tomadas" para enfrentar, entre outras coisas, a escassez de alimentos, a infla��o e o endividamento p�blico.

"Este ano, o chavismo tem complica��es importantes. A aus�ncia de Ch�vez fez com que a economia passasse para segundo plano. Um ajuste cambial, muito necess�rio, ficou atrasado. A escassez est� voltando, assim como a infla��o, e a gest�o fiscal perdeu for�a", informou o �ltimo relat�rio da consultora Ecoanal�tica.

"Para as pessoas, vai se tornar insustent�vel quando forem atingidas, por exemplo, pelo aumento de pre�os e alguns produtos b�sicos ficarem inacess�veis", acrescentou o professor de Ci�ncias Pol�ticas.


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