Faz dois meses neste domingo que o presidente da Venezuela, Hugo Ch�vez, partiu para Cuba para passar por um cirurgia para retirada de um c�ncer. Faz ainda um m�s que seu novo mandato come�ou oficialmente, ap�s um estranho espet�culo de inaugura��o com um presidente ausente. Com exce��o de algumas poucas mensagens enviadas � popula��o, n�o se sabe ou ouve nada de Ch�vez.
Isso num momento em que alguns economistas preveem a chegada de uma "tempestade fiscal" no pa�s, marcada pelo aumento dos pre�os aos consumidor e escassez de produtos nas prateleiras.
Faltam produtos b�sicos no pa�s, como a��car e �leo de cozinha. Al�m disso, na semana passada o governo venezuelano anunciou a desvaloriza��o em 47% da moeda do pa�s. O bol�var foi fixado a 6 3 por d�lar, de 4,3 por d�lar anteriormente. A desvaloriza��o � uma tentativa de conter a queda do bol�var no mercado paralelo, onde a moeda venezuelana chega a ser negociada a 18 por d�lar.
Acad�micos dizem n�o se lembrar de um caso onde um presidente tenha desaparecido por dois meses. "N�o consigo nem pensar um precedente internacional para a aus�ncia de Ch�vez. E ningu�m est� dizendo nada a respeito disso", avalia Christopher Sabatini diretor s�nior do Conselho das Am�ricas, em Nova York.
Analistas dizem que a desvaloriza��o cambial deve impulsionar a infla��o, amea�ando a perman�ncia do partido de Ch�vez, o PSUV, no poder caso haja necessidade de nova elei��o presidencial. Se as quest�es de sa�de mantiverem Ch�vez afastado do gabinete, a constitui��o estabelece que novas elei��es sejam realizadas em 30 dias.