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Estado de Minas

Cat�licos dos EUA querem papa que "comece do zero"


postado em 13/02/2013 11:25 / atualizado em 13/02/2013 11:47

Dividida pela quest�o do casamento gay e do aborto, chocada pelos esc�dalos de padres ped�filos, a comunidade cat�lica dos Estados Unidos, a quarta maior do mundo, v� a chegada de um novo Papa como meio de "come�ar do zero". Os cat�licos do pa�s, contudo, s�o un�nimes em dizer que o pr�ximo Papa n�o deve ser americano.

Pouco depois do an�ncio da ren�ncia de Bento XVI, o presidente da confer�ncia americana de bispos, cardeal Timothy Dolan - cujo nome � citado para sucess�o, assim como Charles Chaput, arcebispo da Filad�lfia - pediu "ao Esp�rito Santo que d� um sucessor digno de superar os desafios do mundo contempor�neo".


A fala do religioso � vaga o suficiente para contentar os 35 milh�es de cat�licos - quase um habitante em cada quatro e maior congrega��o religiosa do pa�s -, divididos pelas quest�es sociais e pelas prioridades da igreja.


"A elei��o de um novo Papa deve ser a oportunidade de recome�ar do zero", disse � AFP James Salt, diretor da associa��o de car�ter progressista Catholics United. "Muitos bispos americanos ficaram polarizados por quest�es como aborto ou casamento gay, enquanto as prioridades s�o a crise econ�mica ou o aquecimento global", disse Salt.

H� pouco mais de um ano os bispos americanos lideram a contesta��o da reforma de sa�de promovida pelo presidente Barack Obama, que incluiu contraceptivos na cobertura do plano de sa�de. Eles tamb�m est�o na linha de frente contra o casamento gay e o aborto. O clero tamb�m foi acusado e condenado por ter acobertado padres ped�filos e resistido para que eles fosssem levados � justi�a.

"Um Papa mediador"


"N�s torcemos por algu�m que tenha a experi�ncia de uma par�quia, que conhe�a as alegrias e as lutas do cat�lico comum", disse a irm� Florence Deacon, presidente de uma associa��o de religiosas que recentemente entrou em conflito com o Vaticano, que as repreendeu por serem muito liberais.


Pesquisas de opini�o revelam a tend�ncia progressista da comunidade cat�lica dos EUA, com 56% de fi�is a favor do casamento gay, 53% a favor de que o aborto continue legalizado e oito em cada dez cat�licos a favor da contracep��o.


Mas para a militante contra o aborto Carol Anderson, moradora de Washington, alguns cardeais s�o muito progressistas e ela v� a elei��o se aproximar "com apreens�o" por conta "desta �poca de ideias liberais".


"As divis�es pol�ticas no pa�s se refletem cada vez mais nos fi�is", nota Stephen Schneck, diretor de um instituto de pesquisas na Universidade Cat�lica da Am�rica. "Por isso, os cat�licos gostariam de ver um Papa que n�o acentue ainda mais as divis�es, mas que sirva de mediador". Todos parecem, contudo, estar de acordo em um ponto: o pr�ximo Papa n�o deve ser americano.


Os Estados Unidos "t�m o poder militar, o poder econ�mico. Um americano � frente da Igreja Cat�lica n�o pareceria justo para muitas pessoas", acredita Stephanie Niedringhaus, da associa��o cat�lica Network, que trabalha pela justi�a social. Nem mesmo o cardeal Dolan acredita na elei��o de um americano.

"Ainda n�o acabei de enviar os agradecimentos �queles que me felicitaram quando fui nomeado cardeal ano passado", brincou o religioso em entrevista coletiva na segunda-feira.


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