Bento XVI queria "preservar a independ�ncia da justi�a no Vaticano" ap�s a divulga��o de documentos confidenciais, um incidente conhecido como "VatiLeaks", que motivou a condena��o do mordomo do Papa, indica a revista Focus que ser� publicada na segunda-feira.
A publica��o alem�, que cita partes de uma entrevista com o Papa realizada em agosto pelo bi�grafo do pont�fice Peter Seewald, afirma que Bento XVI considerava importante que "no Vaticano se preserve a independ�ncia da Justi�a, que o monarca n�o diga 'agora eu me encarrego das coisas'".
A Focus indica que o pont�fice tamb�m disse a Seewald que o ocorrido era "simplesmente incompreens�vel" para ele.
O Papa tampouco podia entender seu mordomo. "N�o consigo entrar em sua psicologia", afirmou.
"Paoletto", como chamavam o colaborador mais pr�ximo do pont�fice, de 46 anos, indultado pelo Papa em dezembro, perdeu a cidadania vaticana e ganhou a liberdade depois de ter passado 18 meses na pris�o em uma cela do Vaticano pelo roubo de documentos confidenciais.
A pris�o do mordomo provocou um choque, j� que Bento XVI tinha muita confian�a nele. Em suas motiva��es, Gabriele disse querer ajudar o Papa, mal informado, e denunciar a corrup��o e o mal na Igreja.
Embora o caso do mordomo pare�a encerrado, o esc�ndalo do Vatileaks continua ativo. A investiga��o da gendarmaria vaticana segue discretamente seu curso sobre centenas de vazamentos � imprensa italiana, j� que alguns documentos publicados pelos meios de comunica��o n�o foram fornecidos por Gabriele.
O esc�ndalo afetou gravemente a imagem do pont�fice e do Vaticano, j� que revelava as intrigas terrenas, o mal-estar interno, os �dios entre os grupos e, de certa forma, a fragilidade de Bento XVI.