A acusa��o contra Oscar Pistorius voltou a ser enfraquecida nesta quinta-feira com o an�ncio de que o chefe dos investigadores do caso � acusado de sete tentativas de assassinato, no terceiro dia de audi�ncias no tribunal de Pret�ria do atleta sul-africano acusado de matar sua namorada.
A audi�ncia foi retomada nesta quinta-feira �s 11h20 locais (6h20 de Bras�lia), mas a investiga��o policial parece cada vez mais questionada. A pol�cia confirmou que seu investigador, Hilton Botha, � acusado de tentativa de homic�dio por ter atirado, em estado de embriaguez, contra um t�xi para obrig�-lo a parar em 2009.
"Fomos informados ontem (quarta-feira) que as acusa��es de tentativa de assassinato foram restabelecidas contra Hilton Botha", declarou o porta-voz da pol�cia, Neville Malila.
Botha dirigiu a investiga��o na casa de Oscar Pistorius, o atleta paral�mpico suspeito de ter assassinado sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, no dia 14 de fevereiro.
Segundo as informa��es dispon�veis nesta quinta-feira, o oficial de pol�cia foi acusado ap�s os incidentes de 2009, mas posteriormente o caso foi arquivado, sendo reaberto recentemente.
"N�o entendo por que o caso foi reaberto. S� posso pensar que est� relacionado com meu trabalho no caso Oscar Pistorius", reagiu Hilton Botha ao ser entrevistado pelo canal eNCA.
"Meu sangue jamais foi testado ap�s o tiroteio, n�o estava b�bado", acrescentou, explicando que o t�xi bloqueou a passagem do ve�culo da pol�cia quando estavam perseguindo criminosos.
"At� o momento" Botha permanece � frente do caso, indicou Malila, desmentindo uma informa��o da r�dio EWN, que citou um representante da promotoria segundo o qual o investigador "n�o pode continuar com esta investiga��o".
Botha n�o estava presente no tribunal na manh� desta quinta-feira. "Est� no edif�cio do tribunal. N�o quis estar presente conosco", lamentou o promotor Gerrie Nel. A audi�ncia foi suspensa pouco depois de ter come�ado para aguardar pelo investigador, cujo testemunho � essencial.
Testemunha crucial
Roux criticou os investigadores porque n�o protegeram os p�s para caminhar na cena do crime, por n�o terem verificado as liga��es telef�nicas do acusado e por n�o terem visto uma c�psula que caiu no vaso sanit�rio.
Pistorius afirma que matou sua namorada por acidente, ao confundi-la com um ladr�o escondido no banheiro depois de ambos dormirem tranquilamente algumas horas antes.
O promotor informou na quarta-feira sobre uma forte briga entre o casal pouco antes do crime e citou uma testemunha que ouviu gritos e tiros, acrescentando que havia luz na casa de Pistorius, diferentemente do que declarou.
A promotoria acredita que ocorreu assassinato com premedita��o. A audi�ncia desta quinta-feira estava destinada �s alega��es da defesa e da acusa��o.
O juiz pode decidir na tarde desta quinta-feira ou, no mais tardar, na sexta-feira, se conceder� a Pistorius a liberdade sob fian�a. O julgamento est� previsto para daqui a v�rios meses. Mas a defesa j� se prepara. A ag�ncia de rela��es p�blicas que trabalha para Pistorius reorganizou o site do atleta. "Sua fam�lia tomou a decis�o de dedicar seu site �s �ltimas novidades (...) assim como �s mensagens de apoio", explicou � AFP Janine Hills, diretora da Vuma Corporate Reputation Management.
A ag�ncia publicar� dois comunicados por dia no site e levando em conta os fusos hor�rios, revelando que o caso interessa ao mundo inteiro, de China aos Estados Unidos, explicou.