Caracas – O governo venezuelano afirmou que o presidente Hugo Ch�vez, hospitalizado em Caracas desde segunda-feira, revisou na sexta-feira temas do Executivo com assessores e desmentiu os boatos que circularam na internet sobre uma suposta situa��o de instabilidade pol�tica e militar. “O presidente segue com a “assist�ncia de uma c�nula (traqueal) para apoiar-se na respira��o e se comunicou conosco (...) por distintas vias escritas para dar orienta��es de governo”, afirmou o vice-presidente Nicol�s Maduro ap�s uma reuni�o de cinco horas e meia com Ch�vez no hospital militar. Maduro, que fez a declara��o � meia-noite para o canal oficial VTV no hospital militar, informou que, ao lado de altos funcion�rios do governo, abordou com Ch�vez diversos temas, especialmente da �rea econ�mica e de defesa.
As declara��es do vice-presidente refor�aram os desmentidos do ministro da Comunica��o, Ernesto Villegas, sobre boatos que circularam durante a noite no Twitter sobre uma suposta crise de instabilidade pol�tica e militar em Fuerte Tiuna, a principal instala��o militar da capital. “Estou na entrada do Hospital Militar. Tudo tranquilo. Assim como em Fuerte Tiuna, segundo not�cias de l�. Que viva Ch�vez!”, escreveu no Twitter Villegas. Segundo Villegas, o tratamento da “doen�a principal” – o c�ncer na sua regi�o p�lvica – continua sem “rea��es adversas significativas por hora”. Uma das mensagens que circulou afirmava: “Est�o fechados os acessos a Miraflores (sede da Presid�ncia) e h� problemas em Fuerte Tiuna”, em um texto escrito no Twitter federicoalves.
Em janeiro, a Assembleia Nacional concedeu ao presidente uma permiss�o indefinida de aus�ncia do pa�s para tratar a doen�a, enquanto o Tribunal Supremo de Justi�a autorizou a posse quando Ch�vez estiver em condi��es. Ch�vez nomeou Maduro como herdeiro pol�tico e candidato do governo no caso de uma eventual nova elei��o.
Os venezuelanos, acostumados com o drama e a especula��o sobre a sa�de de Ch�vez desde que seu c�ncer foi detectado, em junho de 2011, agora se perguntam se ele � capaz de se recuperar e voltar � ativa, ou se pode renunciar e tentar garantir a elei��o de seu vice. Alguns acham que ele pode simplesmente ter voltado para morrer em casa.
Contraofensiva do vaticano
O Vaticano iniciou ontem uma verdadeira contraofensiva para rebater “informa��es falsas”, “boatos” e “cal�nias” publicadas pela imprensa sobre uma trama de corrup��o, tr�fico de influ�ncias e sexo na C�ria Romana, que seriam uma manobra para “condicionar” o Conclave que escolher� o novo papa.
“Se no passado eram as chamadas pot�ncias, ou seja os Estados, que queriam condicionar a elei��o do pont�fice, hoje se trata de envolver a opini�o p�blica”, lamenta em um comunicado a Secretaria de Estado, assinado pelo cardeal Tarcisio Bertone. “Muitos aproveitam o momento de surpresa e desorienta��o, ap�s o an�ncio da ren�ncia do papa Bento XVI para semear a confus�o e desprestigiar a Igreja”, divulgou a R�dio Vaticano.