O l�der da coaliz�o de esquerda, Pier Luigi Bersani, disse estar consciente do "car�ter dram�tico" da situa��o da It�lia ap�s as elei��es legislativas, e fez um apelo ao chefe do movimento contestat�rio Beppe Grillo a dizer "o que ele quer para o pa�s".
Beppe Grillo e seu Movimento 5 Estrelas (M5S), que representam o voto de contesta��o, "quiseram at� este momento mandar todo mundo para casa, mas agora que eles entraram na casa precisam dizer o que querem fazer por este pa�s que � o deles e o de seus filhos", declarou Bersani em sua primeira rea��o � imprensa ap�s a elei��o.
"Estamos conscientes do car�ter dram�tico da situa��o e dos riscos que o pa�s corre", declarou durante uma coletiva de imprensa em Roma.
"Estamos em uma situa��o nova", reconheceu, em refer�ncia ao fato da It�lia estar sem uma maioria pol�tica clara que permita formar um governo.
"N�s n�o vencemos, mas somos os primeiros" em termos de porcentagem e assentos, ressaltou Bersani, considerando que a esquerda "tem, portanto, a responsabilidade" de fazer propostas ante o Parlamento pelo bem do pa�s.
Contudo, ele excluiu se lan�ar em "um bal� diplom�tico" para formar uma alian�a a fim de conseguir a maioria absoluta no Parlamento, particularmente com o Povo da Liberdade (PDL) de Silvio Berlusconi, que n�o excluiu um acordo com o Partido Democrata (PD) de Bersani.
"Vamos discutir, mas o bal� diplom�tico n�o corresponde as mudan�as que as pessoas querem ver", disse.
Em um gesto de abertura em dire��o ao Movimento 5 Estrelas, que foi premiado com um quarto dos votos nas elei��es para formar cada uma das duas c�maras, Bersani evocou temas caros a esta forma��o, como a reforma institucional, a redu��o dos custos da pol�tica, a moralidade e a defesa dos mais desfavorecidos. Segundo ele, essas propostas ser�o submetidas ao Parlamento, onde "todo mundo vai assumir as suas pr�prias responsabilidades."
Bersani, que disp�e de uma maioria absoluta na C�mara dos Deputados, mas apenas uma maioria relativa no Senado, desta maneira reivindicou, entre as linhas, o direito de formar o pr�ximo governo para suceder Mario Monti.