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Estado de Minas

It�lia em um impasse: a esquerda abre a porta ao contestat�rio Grillo


postado em 26/02/2013 16:55

A It�lia se encontrava nesta ter�a-feira em um impasse pol�tico preocupante para o restante da Europa, diante da falta de um vencedor claro nas elei��es legislativas, como reconheceu o l�der de centro-esquerda, Pier Luigi Bersani, que fez um apelo de ajuda ao movimento contestat�rio do ex-comediante Beppe Grillo.

O candidato da esquerda ao cargo de primeiro-ministro se expressou pela primeira vez desde o an�ncio dos resultados e lan�ou um gesto de abertura em dire��o ao Movimento 5 Estrelas, que conquistou de forma surpreendente 25% dos votos no Parlamento.

Bersani evocou temas caros a esta forma��o, como a reforma institucional, a redu��o dos custos da pol�tica, a moralidade e a defesa dos mais desfavorecidos, fazendo um apelo a Grillo para que ele diga "o que quer para o pa�s".

A esquerda defender� suas propostas no Parlamento, onde "todo mundo vai assumir suas pr�prias responsabilidades" , alertou Bersani.

At� o momento, o Movimento contestat�rio 5 Estrelas (M5S) exclui se aliar com outra forma��o, mas analisar� caso a caso as reformas, segundo declarou Beppe Grillo.

"Vamos analisar, reforma por reforma, lei por lei. Se existir sugest�es compat�veis com o nosso programa, vamos avaliar", disse, acrescentando que "agora n�o � hora de falar sobre alian�as".

Estas declara��es sugerem um poss�vel apoio � vota��o de leis apresentadas por um governo de esquerda, sem um acordo formal de coaliz�o com o Partido Democr�tico (PD), que tem maioria na C�mara.

Somados aos eleitos da esquerda, os 54 senadores de Beppe Grillo garantiria uma maioria no Senado.

O especialista pol�tico Stefano Folli considerou "extremamente vaga" a proposta de Bersani, que corre o risco de resultar em "um governo minorit�rio exposto a todos os ventos no Parlamento e de ficar nas m�os de Beppe Grillo".

"Estamos conscientes do car�ter dram�tico da situa��o e dos riscos que o pa�s corre", reconheceu Bersani.

Os mercados financeiro reagiram negativamente a este impasse sobre o futuro governo da terceira maior economia da zona do euro. A bolsa de Mil�o liderou a queda com 4,89%, seguida por Madri, em baixa de 3,2%, por Paris, que caiu 2,67%, Frankfurt, -2,27%, e Londres, que perdeu 1,34%.

A Europa tamb�m manifestou preocupa��o. A Comiss�o Europeia garantiu que entendeu "a mensagem de preocupa��o enviada pelos cidad�os italianos", mas pediu a Roma "que cumpra com os seus compromissos" or�amentais e de reformas.

O ministro das Rela��es Exteriores do governo conservador alem�o, Guido Westerwelle, convocou nesta ter�a-feira a It�lia a se dotar rapidamente de um governo est�vel, para prosseguir com a pol�tica de reformas "pelo bem de toda a Europa".

O grande perdedor das elei��es foi o queridinho da Europa, Mario Monti, que recebeu apenas 10% dos votos. Alguns acreditam em uma poss�vel grande coaliz�o para governar a It�lia.

Para isso, seria necess�rio uma alian�a entre o PD de Bersani, o Povo da Liberdade (PDL) de Berlusconi e o centrista de Monti.

Em seu blog, Beppe Grillo denunciou esta possibilidade de "grande grupo de pol�ticos". "N�s vamos ver uma repeti��o do governo Monti", previu.

O Cavaliere, que aos 76 anos registrou uma ascens�o espetacular em dois meses e meio de campanha, parece pronto para casar com o PD - "ser� preciso tempo para reflex�o", segundo ele.

Berlusconi exclui qualquer acordo com Monti.

J� Bersani n�o parece convencido, rejeitando de antem�o o "bal� diplom�tico".

Dif�cil reconciliar dois homens que trocaram farpas nos �ltimos tempos. Berlusconi denunciou um governo Monti "de joelhos" diante de um "Alemanha hegem�nica", enquanto o ex-comiss�rio europeu acusou o seu antecessor de "comprar votos italianos" prometendo tirar um imposto de propriedade impopular.

Para o diretor da revista pol�tica Micromega, Paolo Flores d'Arcais, a esquerda tem "a possibilidade de um acordo com Grillo dando a presid�ncia de uma das c�maras e propondo um governo com muitos tecnocratas" que aplicariam um programa "comum em acordo com as aspira��es da esquerda tradicional".

Mauro Calabresi, diretor do jornal La Stampa, n�o v� alternativa sen�o a de "encontrar a converg�ncia entre os partidos tradicionais e os novos parlamentares do 5 Estrelas. Eles devem ser tratados como um recurso, e n�o como inimigos".

O destino pol�tico da It�lia est�, de fato, nas m�os do presidente Giorgio Napolitano, que pode julgar esta situa��o muito inst�vel e preferir nomear um novo governo de transi��o t�cnico antes de novas elei��es.


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