O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, foi alvo de violentas cr�ticas por ter comparado, durante um discurso na quarta-feira em Viena, o sionismo com um "crime contra a humanidade".
"Como acontece com o sionismo, o antissemitismo e o fascismo, agora � inevit�vel considerar a islamofobia como um crime contra a humanidade", declarou Erdogan no 5� f�rum organizado pela ONU para promover o di�logo entre as religi�es e entre os povos, a Alian�a das Civiliza��es.
Um porta-voz do secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon, que estava presente no evento, rebateu nesta sexta-feira os coment�rios do chefe de Governo turco, que chamou de "ofensivos e falsos".
"O secret�rio-geral ouviu o discurso do primeiro-ministro em uma vers�o traduzida. Se estes coment�rios sobre o sionismo foram traduzidos corretamente, ent�o n�o apenas s�o falsos, como contradizem os princ�pios que fundaram a Alian�a das Civiliza��es", afirmou o porta-voz.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tamb�m manifestou indigna��o.
"O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu condena energicamente o comunicado sobre o sionismo e sua compara��o com o fascismo do primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan", afirma um comunicado do gabinete do premier.
"� uma declara��o sinistra e mentirosa de um tipo que se pensava estar superado neste mundo", completou Netanyahu.
A Casa Branca tamb�m criticou as declara��es de Erdogan, poucas horas antes da visita desta sexta-feira do secret�rio de Estado americano John Kerry a Ancara, onde se reunir� com Erdogan.
"Rejeitamos a compara��o do primeiro-ministro Erdogan entre sionismo e crime contra a humanidade, que � ofensiva e falsa", declarou um porta-voz do Conselho de Seguran�a, Tommy Vietor.
"Incentivamos os povos de todas as religi�es, culturas e ideias a denunciar as a��es de �dio e a superar todas as diferen�as", completou.
As declara��es de Erdogan foram feitas em um contexto de afastamento diplom�tico entre Turquia e Israel desde o ataque de um comando israelense em 2010 contra um barco que tentava romper o bloqueio do Estado hebreu a Gaza e que terminou com a morte de nove militantes turcos.