O an�ncio de que foi escolhido um novo papa � feito pela fuma�a branca que sai da chamin� da Capela Sistina, no Vaticano. Entretanto, a confus�o � comum porque a fuma�a quase sempre sai cinza - principalmente nos primeiros instantes, como ocorreu nesta quarta-feira.
A qu�mica para deixar a fuma�a branca ou preta � simples: quanto mais oxig�nio, mais branca ela �, porque na combust�o completa n�o sobram part�culas. Para facilitar o processo e deixar a fuma�a "mais branca", o Vaticano est� usando, desde o �ltimo conclave em 2005, um composto de clorato de pot�ssio altamente inflam�vel.
"O clorato de pot�ssio inflama com facilidade e produz belas part�culas ao queimar. A adi��o de corantes � feita para gerar cores. Ent�o, o clorato de pot�ssio queima e gera part�culas brancas. Ele deve ser utilizado com extremo cuidado pois � explosivo", explica Andr� Pimentel, coordenador do curso de qu�mica da PUC-Rio.
Pimentel explica que, como regra, uma queima bem oxigenada gera fuma�a branca, e mal oxigenada gera cinza ou preta. Uma propor��o maior de hexacloretano produz fuma�a cinza. O acr�scimo de resina de poli�ster transforma-a em cinza escuro. J� o ars�nico queima produzindo fuma�a amarela. Uma nuvem de fuma�a vermelha de �xido de ferro � obtida com oxig�nio sobre ferro derretido.
Reinaldo Camino Bazito, professor do Instituto de Qu�mica de USP (Universidade de S�o Paulo), diz que nos fogos de artif�cio, aproveita-se uma explos�o de p�lvora pra colocar �ons met�licos que v�o colorir a chama, o s�dio faz a cor laranja, por exemplo.
As fuma�as brancas, teoricamente, s�o as mais f�ceis de produzir, mas elas dependem do ambiente para completar o efeito, exigindo teores adequados de umidade , temperatura etc. "A gente enxerga a fuma�a branca por causa da luz, que � espalhada – a luz incide e "espalha", criando a cor vis�vel. A �gua n�o absorve a radia��o solar, s�o os compostos que absorvem certos raios correspondentes �s cores, e voc� enxerga o que sobrou, a cor complementar", afirma Bazito.
A qu�mica para deixar a fuma�a branca ou preta � simples: quanto mais oxig�nio, mais branca ela �, porque na combust�o completa n�o sobram part�culas. Para facilitar o processo e deixar a fuma�a "mais branca", o Vaticano est� usando, desde o �ltimo conclave em 2005, um composto de clorato de pot�ssio altamente inflam�vel.
"O clorato de pot�ssio inflama com facilidade e produz belas part�culas ao queimar. A adi��o de corantes � feita para gerar cores. Ent�o, o clorato de pot�ssio queima e gera part�culas brancas. Ele deve ser utilizado com extremo cuidado pois � explosivo", explica Andr� Pimentel, coordenador do curso de qu�mica da PUC-Rio.
Pimentel explica que, como regra, uma queima bem oxigenada gera fuma�a branca, e mal oxigenada gera cinza ou preta. Uma propor��o maior de hexacloretano produz fuma�a cinza. O acr�scimo de resina de poli�ster transforma-a em cinza escuro. J� o ars�nico queima produzindo fuma�a amarela. Uma nuvem de fuma�a vermelha de �xido de ferro � obtida com oxig�nio sobre ferro derretido.
Reinaldo Camino Bazito, professor do Instituto de Qu�mica de USP (Universidade de S�o Paulo), diz que nos fogos de artif�cio, aproveita-se uma explos�o de p�lvora pra colocar �ons met�licos que v�o colorir a chama, o s�dio faz a cor laranja, por exemplo.
As fuma�as brancas, teoricamente, s�o as mais f�ceis de produzir, mas elas dependem do ambiente para completar o efeito, exigindo teores adequados de umidade , temperatura etc. "A gente enxerga a fuma�a branca por causa da luz, que � espalhada – a luz incide e "espalha", criando a cor vis�vel. A �gua n�o absorve a radia��o solar, s�o os compostos que absorvem certos raios correspondentes �s cores, e voc� enxerga o que sobrou, a cor complementar", afirma Bazito.
Se falta oxig�nio durante a queima, � produzido mon�xido de carbono e n�o di�xido de carbono, porque faltou oxig�nio na f�rmula, e vemos a fuma�a mais escura.
Simbologia
O padre Helmo Faccioli, coordenador da Comiss�o de Liturgia da Arquidiocese de S�o Paulo, conta que as c�dulas s�o sempre queimadas, porque al�m de fazer parte da simbologia, tamb�m � parte da legisla��o do conclave.
"No conclave de Joseph Ratzinger, o Bento 16, em 2005, o Vaticano j� usou elementos qu�micos para deixar a fuma�a mais branca e acabar com as d�vidas. Em 1978, o Jo�o Paulo 2º foi eleito ao entardecer, no outono (era outubro), e ficou uma certa d�vida. A grande multid�o na pra�a ficou aguardando se a fuma�a ficava branca ou preta", lembra.
Tradicionalmente, ap�s uma vota��o sem sucesso, as autoridades adicionavam palha �mida �s c�dulas para fazer a fuma�a preta com fuligem. A �gua torna a combust�o incompleta e aumenta o n�mero de part�culas pretas. A palha seca ajudaria a formar fuma�a branca em caso de escolha do papa.
De acordo com Faccioli, a tradi��o de a fuma�a indicar a escolha do papa ocorre desde antes de os conclaves serem realizados na Capela Sistina, no fim do s�culo 16. "Os outros conclaves eram feitos em diversos lugares da It�lia. � um sinal externo de comunica��o do que acontece internamente; uma vez que tem inicio o conclave, os cardeais n�o tem nenhuma outra comunica��o, e a fuma�a passou a ser esta comunica��o"
Uma vez iniciado o conclave, eles fazem um pacto de segredo e confidencialidade do que ocorre. "O desenvolvimento interior, dos assuntos, tudo fica sob sigilo – principalmente quem votou em quem. Desde o tempo do apostolo Pedro", afirma o padre.
"No conclave de Joseph Ratzinger, o Bento 16, em 2005, o Vaticano j� usou elementos qu�micos para deixar a fuma�a mais branca e acabar com as d�vidas. Em 1978, o Jo�o Paulo 2º foi eleito ao entardecer, no outono (era outubro), e ficou uma certa d�vida. A grande multid�o na pra�a ficou aguardando se a fuma�a ficava branca ou preta", lembra.
Tradicionalmente, ap�s uma vota��o sem sucesso, as autoridades adicionavam palha �mida �s c�dulas para fazer a fuma�a preta com fuligem. A �gua torna a combust�o incompleta e aumenta o n�mero de part�culas pretas. A palha seca ajudaria a formar fuma�a branca em caso de escolha do papa.
De acordo com Faccioli, a tradi��o de a fuma�a indicar a escolha do papa ocorre desde antes de os conclaves serem realizados na Capela Sistina, no fim do s�culo 16. "Os outros conclaves eram feitos em diversos lugares da It�lia. � um sinal externo de comunica��o do que acontece internamente; uma vez que tem inicio o conclave, os cardeais n�o tem nenhuma outra comunica��o, e a fuma�a passou a ser esta comunica��o"
Uma vez iniciado o conclave, eles fazem um pacto de segredo e confidencialidade do que ocorre. "O desenvolvimento interior, dos assuntos, tudo fica sob sigilo – principalmente quem votou em quem. Desde o tempo do apostolo Pedro", afirma o padre.