O novo Papa Francisco tem opini�es bem marcadas a respeito de assuntos pol�micos e, por exemplo, se op�s �s leis de casamento entre pessoas do mesmo sexo e ao reconhecimento da identidade dos travestis e transexuais aprovados na Argentina.
A seguir, as posi��es do novo pont�fice:
CASAMENTO GAY: foi um tenaz opositor � lei do matrim�nio entre pessoas do mesmo sexo aprovada em julho de 2010 na Argentina com apoio do governo e que foi a primeira do tipo na Am�rica Latina.
"N�o sejamos ing�nuos: n�o se trata de uma simples luta pol�tica; � a pretens�o destrutiva ao plano de Deus", disse Bergoglio pouco antes da san��o da lei.
O padre Nicol�s Alessio (53 anos) foi expulso do Tribunal Interdiocesano de C�rdoba (norte) por apoiar o casamento gay.
IDENTIDADE DE G�NERO: tamb�m foi contr�rio � lei de identidade de g�nero aprovada em maio de 2012 e que autoriza travestis e transexuais a registrar seus dados com o sexo escolhido.
EUTAN�SIA: contr�rio � eutan�sia. Chegou a declarar que "na Argentina se aplica a pena de morte" no caso do aborto e a "eutan�sia acobertada" em idosos enfermos.
PRESERVATIVOS: contr�rio, assim como a Igreja, incluindo como forma de preven��o � Aids.
BATISMO: em 2012 pediu a padres de 11 dioceses de Buenos Aires que batizassem todos os beb�s, incluindo os nascidos de uma rela��o extraconjugal.
ESC�NDALOS DE PEDOFILIA: tr�s padres cat�licos foram condenados desde 2002 na Argentina por abuso sexual de menores com penas de entre oito e 24 anos de pris�o, enquanto dois bispos renunciaram por envolvimento em esc�ndalos sexuais.
Em todos os casos, a Igreja evitou fazer coment�rios e disse que acataria as decis�es da justi�a.
PAPEL NA DITADURA: Bergoglio recebe cr�ticas por supostamente n�o ter protegido dois padres jesu�tas que foram sequestrados em 1976, durante o �ltimo regime militar (1976/83), e depois liberados.
MEIO AMBIENTE: aqueles que o conhecem dizem que � um defensor do meio ambiente.
REFORMAS NA IGREJA: para o Pr�mio Nobel da Paz Adolfo P�rez Esquivel, "n�o se vislumbra que (Bergoglio) possa promover mudan�as estruturais a respeito da posi��o tradicional da Igreja sobre o uso do preservativo, a anticoncep��o hormonal de emerg�ncia, a elimina��o do celibato".
O mesmo para "o papel das mulheres na Igreja, o tratamento �s pessoas divorciadas ou aos homossexuais, a libera��o do aborto".
GLOBALIZA��O E POLITICA: o novo Papa aceita a globaliza��o, mas advertiu que "tem seus perigos". "N�o podemos renegar da cultura de nossos povos. Este � o grande perigo" que a globaliza��o traz consigo, destacou Bergoglio.
Defendeu ainda o trabalho dos laicos na pol�tica e definiu "a pol�tica como a tarefa do bem comum, ao contr�rio das ideologias, que sempre engendram viol�ncia".
COMUNISMO E LIBERALISMO: o Papa Francisco exp�s suas cr�ticas tanto ao comunismo como ao liberalismo e destacou que, "assim como comunismo caiu por suas contradi��es internas, este liberalismo tamb�m vai cair por suas contradi��es internas" e advertiu que "n�o devemos nos resignar a aceitar passivamente a tirania do econ�mico. A tarefa n�o deve reduzir-se a que as contas fechem para tranquilizar os mercados". Tamb�m defendeu um trabalho maior sobre a sociedade.