
Uma ju�za francesa pediu em 2011 uma audi�ncia com o cardeal Bergoglio, eleito Papa na quarta-feira, no �mbito da investiga��o sobre o homic�dio de um padre franc�s em 1976, durante a ditadura argentina, mas Buenos Aires nunca respondeu favoravelmente, afirmou nesta quinta-feira a advogada da fam�lia do sacerdote.
Sylvia Caillard, magistrada do Tribunal de Grande Inst�ncia de Paris, enviou uma comiss�o rogat�ria internacional a Buenos Aires para que o cardeal depusesse como testemunha na investiga��o sobre a morte do sacerdote franc�s Gabriel Longueville, indicou � AFP a advogada da fam�lia dele, Sophie Thonon.
"As autoridades argentinas n�o responderam positivamente � comiss�o rogat�ria em rela��o a Bergoglio", acrescentou.Na �poca, Thonon considerou essa audi�ncia necess�ria a fim de que o arcebispo de Buenos Aires fornecesse esclarecimentos � ju�za sobre a eventual exist�ncia de arquivos sobre o caso.
"Certamente, este Papa n�o � uma grande figura da defesa dos direitos humanos, pelo contr�rio, � suspeito de n�o ter denunciado os crimes da ditadura, de n�o ter pedido explica��es e, portanto, com seu sil�ncio, de ter acobertado estes atos", considerou a advogada.
Padre da par�quia de El Chamical, prov�ncia de La Rioja (noroeste), Gabriel Longueville foi sequestrado junto com seu vig�rio Carlos Murias no dia 17 de julho de 1976. Os corpos de ambos foram encontrados no dia seguinte crivados de balas e com marcas de tortura.
Dois ex-militares e um ex-policial argentinos foram condenados em dezembro passado por esses assassinatos.
"A justi�a argentina est� fazendo um trabalho excepcional sobre os crimes cometidos durante a ditadura", disse Thonon.
A instru��o da ju�za Caillard sobre os dois assassinatos segue em curso, mas pode sofrer um arquivamento devido �s condena��es pronunciadas na Argentina.