As acusa��es de cumplicidade com a ditadura argentina (1976-1983) contra o arcebispo de Buenos Aires Jorge Bergoglio, que na quarta-feira foi eleito Papa Francisco, s�o uma "mentira", declarou nesta sexta-feira o cardeal australiano George Pell, eleitor no conclave.
A controv�rsia sobre a atitude da Igreja durante os anos de chumbo da ditadura voltou � tona ap�s a elei��o Bergoglio, que compareceu como testemunha m v�rios processos sem que jamais a justi�a demonstrasse qualquer envolvimento.
Para o arcebispo de Sydney, membro do col�gio cardinal�cio, "as hist�rias foram desmentidas h� anos".
"O diretor da Anistia Internacional daquela �poca disse que as acusa��es s�o completamente falsas. Eram difama��o e mentiras", declarou Pell � r�dio ABC.
Ao ser questionado se o Papa Francisco deveria falar sobre o tema, disse que n�o, "de maneira nenhuma".
Os cr�ticos de Bergoglio afirmam que ele teve rela��o com a deten��o de dois mission�rios jesu�tas, Orlando Yorio e Francisco Jalics, presos em 23 de mar�o de 1976 e liberados cinco meses depois. Eles foram torturados na Escola de Mec�nica da Armada (ESMA). Na �poca, o prelado argentino comandava a ordem dos jesu�tas.
"Fiz o que pude, com a idade e as poucas rela��es que tinha, para interceder a favor das pessoas sequestradas", afirmou Jorge Bergoglio em um livro de entrevistas.