
Acompanhado por milhares de pessoas, o corpo de Hugo Ch�vez chegou na tarde desta sexta-feira ao Museu Hist�rico da Revolu��o, que guardar� os restos mortais do presidente enquanto se decide se ser� levado ao Pante�o Nacional.
"Lhe juramos lealdade nesta vida e o estamos trazendo a seu posto de comando para que repouse como chefe e comandante da For�a Armada venezuelana", disse o presidente interino, Nicol�s Maduro.
"Aqui viremos prestar contas, refletir sobre os erros e pedir sua ben��o (...). Aqui voltarei, n�o mais como presidente interino, mas sim como presidente constitucional da Rep�blica Bolivariana", disse Maduro, candidato 'chavista' nas elei��es de 15 de abril contra o l�der opositor Henrique Capriles.
O caix�o foi colocado sobre o sarc�fago, enquanto a bandeira nacional que o cobria foi entregue a Maduro, que a levou at� Elena, m�e de Ch�vez, em uma emotiva cerim�nia no Museu da Revolu��o.
Em meio a uma mar� vermelha - as cores do 'chavismo' - o caix�o com o corpo do presidente passou pelo bairro 23 de janeiro, o principal feudo pol�tico de Ch�vez em Caracas.
"Estou feliz por ver nosso presidente, sempre viver� em nossos cora��es", disse � AFP Ana Julia Campero, estudante de Agronomia de 51 anos, na Pra�a 4 de fevereiro, a cerca de 200 metros do Quartel de la Monta�a, onde est� o Museu Hist�rico da Revolu��o.
Vestindo uma camisa vermelha com o rosto de Ch�vez, Campero veio do estado de Carabobo e esperou desde as duas da madrugada para ver o cortejo. "� muita emo��o, ele � um grande l�der".
Ao chegar ao Quartel de la Monta�a, ap�s sair da Academia Militar e percorrer as principais avenidas de Caracas, o corpo do presidente foi saudado ao gritos de "Ch�vez vive, a luta segue" ou "Viva meu comandante Ch�vez!"
Muitos soltaram bal�es vermelhos, enquanto outros tiravam fotos do f�retro ou cantavam m�sicas revolucion�rias.
Fortemente cercado por militares vestidos com camisas vermelhas, Ch�vez chegou ao quartel de onde liderou o fracassado golpe de Estado de 4 de fevereiro de 1992, em uma cerim�nia liderada por Maduro e acompanhada por familiares do "comandante" e pelo presidente boliviano, Evo Morales.
"� um orgulho para n�s que nosso comandante esteja aqui. Ch�vez foi um pai que nos abriu muitos caminhos. O luto n�o acaba de hoje para amanh�", disse � AFP Carmen Gonz�lez, professora de 45 anos, formada nos programas sociais criados por Ch�vez.
Um grupo de militares que participou do golpe de 1992 chegou para acompanhar o corpo do presidente, vestido com uniforme camuflado, boina vermelha e bra�adeira com as cores da bandeira venezuelana.
"Nos sentimos orgulhosos porque ele foi o soldado que o povo sempre quis", disse Jairo N��ez, sargento de 41 anos.
Um grupo de mulheres procedente de Guacara, no Estado de Carabobo, aguardava o cortejo desde �s seis da manh�. "N�o tomamos caf� da manh� ou almo�amos, mas nos sentimos satisfeitas", revelou Janet Medina, 35 anos, l�der local do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
"Aqui come�ou sua luta, sua ideologia (...) Viemos pelo amor e a lealdade, seguiremos toda a vida recordando Ch�vez, o homem que abriu nossos olhos e nossos caminhos", afirmou Mar�a Ruiz, 42 anos, tamb�m l�der local do PSUV.
Ch�vez morreu no dia 5 de mar�o passado, ap�s quase dois anos de luta contra um c�ncer.