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Estado de Minas

Controle do cofre do vaticano � desafio para o novo papa

Ao assumir a chefia da Igreja e o Estado do Vaticano na ter�a-feira, o papa Francisco tem pela frente o desafio de tomar as r�deas do banco que controla as contas da Santa S�. Nas �ltimas tr�s d�cadas, v�rios esc�ndalos envolveram a institui��o


postado em 17/03/2013 00:12 / atualizado em 17/03/2013 08:11

Um dos principais desafios do primeiro papa da Am�rica Latina, o argentino Jorge Mario Bergoglio, ser� dar transpar�ncia �s finan�as p�blicas do Vaticano. O menor Estado do mundo tem um problem�tico banco com ativos estimados em 6 bilh�es de euros (R$ 18 bilh�es) – montante maior do que a d�vida de 23 estados brasileiros, apurada em dezembro de 2012. O valor desses ativos daria para pagar 23% dos passivos do estado de Minas Gerais, no final de 2102, segundo a consultoria de an�lise de risco Austin Rating, via o site portugu�s Dinheiro Vivo.

Estima-se que o Instituto para Obras Religiosas (IOR), o Banco do Vaticano, tenha 33 mil contas banc�rias. “S�o correntistas os cidad�os da Santa S�, funcion�rios e membros do corpo diplom�tico que mant�m rela��es com a C�ria Romana”, explica um padre ouvido pelo EM que prefere manter seu nome em sigilo. Mas os pormenores sobre os detentores das contas e transa��es s�o de �mbito privado.

Comprova-se a falta de transpar�ncia da institui��o pela falta de um site do Instituto IOR. “Ningu�m consegue acessar as informa��es do Banco do Vaticano. Um dos desafios do papa Francisco ser� dar transpar�ncia �s finan�as do Estado do Vaticano”, diz o mesmo sacerdote. A principal fonte de renda da Santa S� � o Museu do Vaticano, o segundo maior do mundo depois do Louvre, diz outro p�roco ouvido pela reportagem. Mas as doa��es e os aportes das dioceses de todo o mundo s�o tamb�m um canal de entrada de recursos. “O Vaticano n�o recebe nada das dioceses brasileiras. Tudo o que a Igreja daqui arrecada fica dentro do pa�s, porque a Santa S� mant�m miss�es e obras no pa�s, sobretudo na Amaz�nia e em regi�es mais podres”, sustenta o frei carmelita Evaldo Xavier Gomes. “A riqueza do Vaticano � um mito”, garante.

Em 1982, o esc�ndalo do Banco Ambrosiano, relacionado coma m�fia, e do qual o Banco do Vaticano era o maior acionista, agravado pela morte, em estranhas circunst�ncias, de seu presidente, Roberto Calvi, removeu os cimentos financeiros do Vaticano. “Naquele ano, sobre o presidente do Instituto IOR, o arcebispo norte-americano Paul C. Marcinkus, que recentemente tinha sido nomeado governador da Santa S�, pesaram s�rias acusa��es que puseram o prest�gio da Igreja Cat�lica em jogo”, afirmava na �poca o jornal espanhol El Pa�s.

Doa��es

Em 2011, o IOR registrou perdas de US$ 18,4 milh�es. As doa��es foram insuficientes para arcar com os gastos anuais para manter a Igreja, avaliados em US$ 326 milh�es. Revela��es sobre a gest�o financeira do Vaticano contribu�ram para a fragilidade do papa Bento XVI. Os documentos roubados de seu escrit�rio e repassados para a imprensa em 2011 mostraram manobras e opera��es nada transparentes. O Vaticano conta com um departamento que cuida de seus palacetes. Mas n�o s�o poucas as ordens religiosas em Roma que est�o sendo obrigadas a vender seus edif�cios e se mudar para locais na periferia da cidade diante da crise financeira que atinge muitas delas.

H� tr�s anos, a Justi�a italiana abriu uma investiga��o judicial contra dois diretores do Banco do Vaticano, que t�m um patrim�nio de 5 bilh�es de euros, por violarem as leis do pa�s sobre a lavagem de dinheiro.


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