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Estado de Minas

Cristina Kirchner pede interven��o do Papa na quest�o das Malvinas


postado em 18/03/2013 15:25

A presidente argentina Cristina Kirchner pediu nesta segunda-feira a interven��o do Papa Francisco, seu compatriota, na disputa entre o seu pa�s e a Gr�-Bretanha pela soberania das Ilhas Malvinas.

"Eu pedi media��o dele para iniciar um di�logo entre as duas partes", declarou Kirchner � imprensa em Roma, depois de se reunir e almo�ar com o novo Papa, o ex-arcebispo de Buenos Aires Jorge Mario Bergoglio. Ela lembrou que o Papa Jo�o Paulo II tamb�m agiu como mediador entre o Chile e a Argentina para resolver tens�es fronteiri�as nas proximidades do canal de Beagle.

"Agora temos uma oportunidade hist�rica muito diferente, muito mais favor�vel", declarou a chefe de Estado, indicando que tanto a Gr�-Bretanha como a Argentina s�o democracias, ao contr�rio da Argentina e Chile dos anos de 1970.

"A Argentina � um pa�s mais que pac�fico e, portanto, o que queremos � o cumprimento das m�ltiplas resolu��es das Na��es Unidas, sentar para dialogar", insistiu Kirchner depois de um encontro informal seguido de um almo�o com o Papa Francisco.

Ap�s a elei��o do cardeal Jorge Bergoglio, a imprensa brit�nica trouxe � tona declara��es feitas em 2011 pelo pont�fice nas quais se referiu �s ilhas como "nossas".

Os habitantes das Ilhas Malvinas, arquip�lago que o Reino Unido chama de Falklands, votaram este m�s a favor de continuar a ser um Territ�rio Ultramar�tmo Brit�nico, em um referendo que n�o foi reconhecido pela Argentina.

Localizadas a 400km da costa argentina e a 12.700 km de Londres, as Malvinas est�o sob controle brit�nico desde 1833.

O governo argentino considera que os malvinenses s�o uma popula��o implantada desde que o Reino Unido tomou o controle em 1833 deste arquip�lago do Atl�ntico Sul.

Ap�s a guerra travada pelos dois pa�ses pelas ilhas em 1982, que terminou com a morte de 649 argentinos e 255 brit�nicos, a Argentina reclama a soberania e pede respeito �s resolu��es da ONU que desde 1965 chamam as partes ao di�logo.

Mas a Gr� Bretanha rejeita qualquer di�logo, insistindo no direito de autodetermina��o dos habitantes.

A iniciativa de Kirchner em falar do tema surpreendeu a todos na v�spera da entroniza��o do primeiro papa sul-americano.

Por sua vez, o Vaticano n�o difundiu nenhum comunicado sobre o encontro entre Kirchner e o novo Papa. O porta-voz da Santa S� se limitou a citar uma reuni�o "muito informal" de 15 a 20 minutos "em privado".

Um Papa "sereno, seguro, em paz"

Francisco e Kirchner mantiveram um di�logo "frut�fero", na Casa Santa Marta, resid�ncia provis�ria do Papa, explicou a presidente argentina.

"Vi um homem sereno, seguro, em paz", disse Kirchner, "surpresa e agradecida" por ter sido convidada para almo�ar com Francisco, "nosso Papa, n�o s� porque � argentino, mas por ser o Papa de todos aqueles que compartilham a f� cat�lica".

O pont�fice lhe deu uma rosa branca, "um presente �ntimo, quase pessoal", declarou Kirchner, que ofereceu uma cuia de chimarr�o feita por cooperativistas argentinos e um poncho "para que se proteja do frio".

Kirchner e o at� a �ltima quarta-feira arcebispo de Buenos Aires Jorge Bergoglio mant�m rela��es tensas e espera-se que este encontro sirva para aproximar as duas partes.

As diverg�ncias entre ambos come�aram durante a presid�ncia de seu marido, o falecido N�stor Kirchner, que n�o apreciava as cr�ticas nas homilias do ent�o arcebispo, que denunciava com frequ�ncia o esc�ndalo da pobreza ou o flagelo da droga e do crime na Argentina.

N�stor Kirchner chegou a classificar Bergoglio de "verdadeiro l�der da oposi��o".

A rela��o ficou ainda mais tensa com a legaliza��o, em 2010, do casamento homossexual na Argentina.


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