
Visitas a uma favela, ao Cristo Redentor e � nova ala de um hospital reservada para dependentes qu�micos fazem parte da proposta dos organizadores da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para a programa��o do papa Francisco no Rio de Janeiro. Por causa das limita��es impostas pela sa�de fr�gil, Bento XVI, de 85 anos, teria quatro compromissos p�blicos e dois fechados. Aos 76 anos e bem disposto, o papa Francisco vai ampliar a agenda, mas ainda n�o bateu o martelo sobre nenhum programa al�m do que j� estava definido para seu antecessor. A Jornada acontece entre os dias 23 e 28 de julho. O papa deve chegar no dia 22.
Entre as op��es de comunidades que poder�o ser visitadas pelo novo papa, est� o Vidigal, na zona sul, que recebeu Jo�o Paulo II em 1980 ou uma das favelas dos Complexos da Penha ou do Alem�o, o que permitiria tamb�m uma visita ao Santu�rio de Nossa Senhora da Penha, na zona norte. "Pelo hist�rico do papa de viver em contato com a mis�ria humana, de buscar os pobres em seu ambiente, cremos que ele mesmo vai pedir, mas j� estamos cogitando de ele visitar uma comunidade, pacificada ou n�o. Estamos estudando porque sup�e uma mudan�a na seguran�a. O papa � um chefe de Estado e temos que trabalhar em conjunto com o governo do Brasil", disse nesta quinta-feira d. Antonio Augusto Dias Duarte, bispo auxiliar do Rio de Janeiro e vice-presidente do Comit� Organizador Local (COL) da Jornada.
Outra atividade do pont�fice dever� ser a visita ao hospital da Vener�vel Ordem Terceira de S�o Francisco, na Tijuca, onde em maio ou junho come�ar� a funcionar a ala dedicada aos dependentes de crack, com vinte leitos. "Um dos legados da Jornada Mundial da Juventude � deixar um local de atendimento e forma��o de pessoas capazes de tratar o problema do crack. Vamos propor ao papa uma ida a este local. O crack foi inclusive tema da conversa do papa com a presidente Dilma ontem (quarta-feira). Antes da Jornada j� come�aremos a trabalhar com dependentes qu�micos", afirmou d. Antonio.
Hospedagem
O papa Francisco dever� ficar hospedado na resid�ncia oficial da Arquidiocese do Rio, no Sumar� (zona norte), onde viveu o arcebispo em�rito do Rio de Janeiro, d. Eugenio Sales, at� sua morte, em julho do ano passado. O local, onde funciona um centro de estudos e forma��o, passa por uma reforma para receber o papa. O atual arcebispo, d. Orani Tempesta, mora no Pal�cio S�o Joaquim (zona sul), onde o papa Francisco participar� de um almo�o, no dia 26 de julho, com dois jovens de cada continente. O pal�cio tamb�m est� sendo reformado.
O encontro com os jovens j� fazia parte da programa��o de Bento XVI. O papa Francisco manter� tamb�m o encontro com a presidente Dilma Rousseff e outras autoridades, no Pal�cio Guanabara, no dia 25 de julho. Haver� dois compromissos religiosos em Copacabana (zona sul) - solenidade de acolhimento, no dia 25, e Via Cr�cis, no dia seguinte - e outros dois em Guaratiba (zona oeste) - vig�lia no dia 27 e missa solene no dia 28.
A JMJ conta com 60 mil volunt�rios e, entre os estrangeiros, a maioria � da Argentina, terra natal do papa Francisco. De 7.500 volunt�rios estrangeiros, 672 s�o argentinos. O segundo pa�s com mais volunt�rios � a Col�mbia (439), seguida de M�xico (400), Pol�nia (271), Peru (211) e Venezuela (195). Haver� ainda 7.500 volunt�rios brasileiros de fora do Rio de Janeiro e 45 mil cariocas. Todos estar�o no Rio 15 dias antes do in�cio da Jornada, para passarem por um treinamento.