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Estado de Minas

Padre espanhol diz ter sido salvo de grupo de exterm�nio pelo novo Papa


postado em 22/03/2013 16:55

O papa Francisco, quando esteve a cargo da ordem jesu�ta na Argentina em 1975, salvou a vida do padre espanhol Jos� Caravias, radicado atualmente no Paraguai, e as de outros dois religiosos, amea�ados de morte em Buenos Aires pelo grupo paramilitar "Triple A", revelou o padre � AFP.

"Quando o respons�vel pela ordem, que era Bergoglio, me disse: 'Tenho not�cias de que a Triple A decretou sua morte e a de (o h�ngaro Francisco) Jalics. Eu considerei que n�o valia a pena voc� dar uma de her�i", disse Caravias em uma entrevista concedida em sua resid�ncia, a par�quia Cristo Rei de Assun��o.

"Eu j� tinha sido expulso do Paraguai em 1972. Conhecia a ferocidade da ditadura. O Jalics se fez de valente e ficou em Buenos Aires, e quase perdeu a vida. N�o quis ir e passou por maus momentos. Foi muito torturado. Bergoglio o salvou. Se empenhou em averiguar onde estava. Se n�o tivesse ido em busca dele, o teriam matado. Tamb�m salvou o argentino Orlando Yorio", continuou.

Yorio faleceu em 2000.

"Posso dar meu testemunho da advert�ncia que fez a mim e a Jalics, mas n�o o de Yorio", esclareceu Caravias. "N�s dois trabalh�vamos nas favelas" da capital argentina.

O religioso relatou que eles tinham sido informados da viol�ncia a que tinham sido submetidos outros padres. "Por isso, digo que Bergoglio salvou a minha vida, porque conseguiu me avisar a tempo", afirmou.

"Eles haviam matado v�rios sacerdotes nos meses anteriores, um deles, o padre Mauricio Silva. Eles o mataram com tortura. A coisa n�o era brincadeira", disse.

Ao se referir ao caso de Silva, Caravias afirmou: "Eles o levaram de carro. N�o conseguimos saber para onde tinha sido levado", contou.

"Depois de v�rios meses o soltaram na porta de um hospital, moribundo, fraco. E l� morreu. Foi muito torturado", relatou o sacerdote.

Caravias lembrou que quando estava na casa de seus familiares em M�laga (Espanha) recebeu a tarefa de viajar para o Equador, para onde Bergoglio de Roma o enviou para trabalhar com ind�genas. "Fiquei no Equador por 14 anos".

No Paraguai, Caravias trabalhava para organizar os camponeses em cooperativas. "Um dia me colocaram em uma caminhonete da pol�cia e me deixaram em Clorinda (Argentina). N�o esque�o a data. Era dia 5 de maio de 1972", disse.

"L� fui trabalhar com oper�rios da prov�ncia do Chaco argentino. Formamos um sindicato de madeireiros, gente muito explorada, muito maltratada. De l� fui expulso com amea�as de morte e fui parar em Buenos Aires", declarou.

Ele disse que podia dar meu testemunho do que o ent�o padre Bergoglio fez na �poca, considerando uma "cal�nia terr�vel" a vers�o de que o antigo respons�vel pela ordem jesu�ta argentina teria supostamente denunciado seus companheiros.

"Gra�as a Bergoglio estou vivo", disse Caravias com convic��o.

O padre jesu�ta, autor de cerca de 40 livros e ensaios ligados � �rea social, se disse socialista e atribuiu as "cal�nias" contra o Papa ao "grande capitalismo internacional".

"Querem suj�-lo. � muito perigoso para eles que um Papa denuncie a pobreza mundial", enfatizou.

Caravias afirmou que o "capitalismo" considera uma afronta o fato de que o Sumo Pont�fice tenha adotado o nome Francisco, em homenagem a S�o Francisco de Assis, "o rico que preferiu viver como pobre".


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