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Estado de Minas

Opositor venezuelano quer seguir modelo brasileiro se for eleito presidente


postado em 27/03/2013 18:01 / atualizado em 27/03/2013 18:39

(foto: JUAN BARRETO / AFP)
(foto: JUAN BARRETO / AFP)

O opositor venezuelano Henrique Capriles afirmou � AFP que pretende seguir o modelo de pol�ticas sociais implementadas no Brasil caso seja eleito presidente e que trava uma "luta espiritual" a dias das elei��es de 14 de abril em que enfrentar� o candidato governista e presidente interino, Nicol�s Maduro.


Em sua segunda aposta pela Presid�ncia do pa�s sul-americano, depois de ter perdido para Hugo Ch�vez por 11 pontos percentuais nas elei��es de outubro, Capriles afirma que tem "uma clara chance de vencer" estas elei��es convocadas ap�s a morte do mandat�rio, em 5 de mar�o, v�tima de um c�ncer.


Se vencer as elei��es, Capriles promete seguir um modelo de esquerda baseado no brasileiro, que promova o desenvolvimento em uma economia de mercado aliado a planos sociais para tirar os venezuelanos da pobreza "de verdade", neste pa�s com mais de 30% da fam�lias pobres.


"O social � minha prioridade como governante", afirma, ressaltando aos eleitores chavistas que "as conquistas" sociais em educa��o, sa�de e habita��o de Ch�vez continuar�o em seu governo e que hoje esses avan�os "est�o em risco com estes que est�o governando", referindo-se a Maduro.


Este advogado de 40 anos disse estar lutando em uma "cruzada her�ica e �pica" contra o "poder do Estado", enquanto viajava em um �nibus para Maracaibo, no estado de Zulia (noroeste), depois de ter protagonizado em um dia dois atos de pr�-campanha em Cabimas e Valera, no estado de Trujillo (oeste).


"Acredito que � necess�rio apelar � f� dos venezuelanos, preciso bastante disso (...) porque estamos enfrentando os abusos de poder, que no final se traduzem por atropelos, chantagem, medo, em usar todo o aparato midi�tico do Estado para tentar intimidar. (...) Isso transforma isto (a disputa eleitoral) em uma luta espiritual apegada � f�", disse Capriles.


O opositor denuncia os atos de Maduro transmitidos em cadeia de r�dio e televis�o de forma obrigat�ria, classificando-os de eleitoreiros, assim como uma senten�a do Supremo Tribunal de Justi�a que considerou que Maduro, ent�o vice-presidente, ficasse encarregado da Presid�ncia ap�s a morte de Ch�vez, algo que o opositor chamou de "aberra��o".


Capriles, que menciona Deus com frequ�ncia em seus atos e se sente em meio a uma batalha entre o bem e o mal, encerrou a ter�a-feira de campanha rezando diante da imagem da Virgem Maria na Bas�lica de Nossa Senhora de Chiquinquir�, em Maracaibo.


Sua nova postura coincide paradoxalmente com o discurso de Maduro, repleto de refer�ncias religiosas e de exalta��o da imagem de Ch�vez, em contraste com o da campanha eleitoral passada, focada em ataques ao desempenho do governo diante de problemas concretos, como a elevada infla��o ou os altos �ndices de inseguran�a, temas que n�o abandonou.


Ao mesmo tempo, acusa o candidato governista de apelar para sua rela��o com o presidente Ch�vez porque n�o tem uma proposta pr�pria para solucionar os problemas do pa�s.


O l�der opositor prefere n�o falar das pesquisas que o colocam 18 pontos abaixo de Maduro, como indicou recentemente o instituto Hinterlaces, que ele acusou de "fazer parte do comando de campanha" do candidato do governo. Essa empresa de pesquisas tamb�m previu sua derrota para Ch�vez, mas por uma diferen�a maior do que os 11 pontos que definiram a disputa.


No entanto, a vantagem de Maduro foi confirmada recentemente por uma pesquisa da Datan�lisis, divulgada pelo banco que a encomendou, que o coloca 14 pontos � frente.


Mas Capriles v� divis�es no lado governista ap�s o falecimento de seu grande l�der.


Ele afirma que Maduro � uma figura que "n�o agrada" a alguns seguidores de Ch�vez, que carece de lideran�a pr�pria e de conhecimentos profundos de um pa�s que conta com as maiores reservas de petr�leo do planeta.


"Ele deve estar todos os dias acendendo uma vela para que eu decida (me retirar). Estou certo de que isso o agradaria, que gostaria disso, que eu deixasse o caminho livre", disse.


"A cada dia o pa�s percebe mais que Nicol�s n�o tem possibilidade alguma de governar este pa�s nem enfrentar os problemas deste pa�s. (...) A mentira foi o que esteve presente", disse Capriles, considerando que o governo mentiu sobre a doen�a e a morte de Ch�vez.


"Confirmo isso, (Maduro) mentiu descaradamente", declarou, ressaltando que n�o tentou ofender a mem�ria de Ch�vez ou de sua fam�lia, como assegura o governo. "Isto � uma tremenda manipula��o de Nicol�s", acrescentou.


O governador do rico e populoso estado de Miranda (norte) desde 2008, e reeleito em dezembro, � alvo dos ataques das fileiras chavistas pelos altos �ndices de viol�ncia em seu estado, onde em 2012 foram registrados 2.576 assassinatos, segundo dados oficiais.


Aos cr�ticos, que compara a um "disco arranhado", Capriles responde que a maioria dos munic�pios de Miranda e "das �reas mais violentas" dessa regi�o s�o governadas por prefeitos do governista Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV).


"Seja qual for o cen�rio, n�o acho que Nicol�s tenha chances de ir al�m da situa��o em que hoje assume, n�o vejo isso, n�o tem como", afirmou o l�der opositor, que � apoiado pela diversificada coaliz�o opositora Mesa da Unidade Democr�tica (MUD).


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