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Estado de Minas

Papa fez gesto sem precedentes ao lavar os p�s de dois mu�ulmanos


postado em 29/03/2013 12:25

O papa Franciso voltou a inovar, ao lavar os p�s de dois jovens mu�ulmanos, na Quinta-feira Santa, valorizando a fraternidade e rejeitando a discrimina��o, asseguram os vaticanistas.

"N�o � uma ruptura, tamb�m n�o � uma contradi��o com a doutrina. Francisco n�o desrespeitou uma regra, j� que o lava-p�s � um rito que n�o tem valor sacramental. Teria sido diferente se tivesse dado a comunh�o a algum desses jovens", comentou � AFP o vaticanista Sandro Magister, lembrando que as celebra��es nas igrejas "s�o abertas a todos".

O papa argentino reproduz um gesto de Cristo com os ap�stolos. Na pris�o de menores "Casal del Marmo" com jovens de diferentes condi��es, nacionalidades e origens, simplesmente quis mostrar que o amor de Cristo n�o tem fronteiras, acrescentou.

"Esse gesto n�o tem um significado religioso. Poderiam ser jovens budistas o sikhs. Lavou seus p�s porque s�o jovens isolados, n�o quis diferenciar", afirmou o vaticanista Marco Tosatti.

Para o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, esses dois jovens "s�o um componente importante da comunidade" da pris�o de menores. "Seria estranho se n�o tivessem feito parte do grupo", considerou ele nesta sexta-feira em uma entrevista coletiva � imprensa.

As imagens captadas pelas c�meras do Vaticano, as �nicas autorizadas a entrar na penitenci�ria, mostram apenas os p�s dos jovens.

De qualquer formas, ningu�m os obrigou a participar da cerim�nia, que deixou a todos emocionados no local, o que chegou a fazer com que um dos jovens que ia fazer parte da cerim�nia tivesse que ser substitu�do na �ltima hora.

Embora considerem Cristo um profeta, nem todos os mu�ulmanos podem ter apreciado o gesto do Papa. Os im�s s�o contra qualquer tentativa dos crist�os de cooptar mu�ulmanos para a sua religi�o. A apostasia continua sendo an�tema no Isl�.

O ex-cardeal e arcebispo de Buenos Aires Jorge Bergoglio j� deixou clara a import�ncia que concede �s rela��es respeitosas com o Isl� na homilia que pronunciou em sua missa de entroniza��o.

As autoridades mu�ulmanas, sobretudo a universidade sunita Al-Azhar do Cairo, receberam favoravelmente a ren�ncia de Bento XVI e a escolha do papa argentino, considerando que os problemas se devem �s m�s rela��es com o "papa alem�o".

Mas a delega��o mu�ulmana foi bastante reduzida na missa de inaugura��o do papado de Francisco, com personalidades de segundo escal�o, ilustrando a desconfian�a reinante ap�s o discurso do papa em�rito Bento XVI, em 2006, no qual deu a entender que o Isl� est� associado � viol�ncia.

Depois dessas declara��es, Bento XVI multiplicou os gestos para demonstrar seu respeito pelo Isl�, chegando inclusive a rezar em uma mesquita de Istambul.

Em setembro, durante uma viagem ao L�bano, exortou crist�os e mu�ulmanos do Oriente M�dio a coexistirem pacificamente sem tentar impor sua hegemonia sobre o outro.

Mas as rela��es com o Isl� s�o tensas em diversos pa�ses do mundo, devido ao crescimento do islamismo. Bento XVI condenou todos os fundamentalismos religiosos, sejam crist�os ou mu�ulmanos e estendeu a m�o ao Isl� moderado, pedindo que esclarecesse sua associa��o �s vezes amb�gua com o Isl� radical e violento.


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